Depois de ter saído de forma abreviada, a edição completa da ambiciosa compilação "Finally Enough Love", de Madonna chegou agora às plataformas de streaming, e também em luxuosas edições físicas nas lojas do exterior. Com quase quatro horas de duração, a coletânea celebra os 50 números 1 que a cantora teve, até aqui, na parada de dance music da Billboard.

Assim, ela tem pontos em comum com "The Immaculate Collection" (1990), uma das maiores coletâneas de sucesso desde sempre, ou "Celebration", que atualizou o repertório até meados do século 21, mas o foco é outro. Aqui não há espaço para as baladas ou outras facetas da artista que não seja a da rainha das pistas.
Madonna

"Finally Enough Love" funciona como uma espécie de intensivão da história da dance music das últimas quatro décadas, ou quase isso. A viagem começa com "Holiday", o terceiro single dela lançado em 1983 e só vai terminar em 2019, ano de lançamento de "I Don't Search I Find".

A decisão de colocar as faixas em versões remixadas ou em mixagens especiais que só saíram em compactos foi outro acerto. Essa opção nos mostra como Madonna sempre esteve ligada nas novas tendências e nos nomes que estavam renovando a dance music, e explica como ela conseguiu se manter sempre presente nos sets dos DJS e nos ouvidos dos fãs de música para as pistas.
Madonna

"Finally Enough Love", logo, também pode ser ouvido com um ouvido mais histórico, para que se perceba o tipo de batida e os estilos de produção que marcaram várias épocas da música pop para dançar. Como diz o velho clichê, trata-se de um álbum que traz a aula de história e a hora do recreio simultaneamente.

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