Depois de muitas discussões, finalmente, a nova mixagem de "Animals", o décimo álbum do Pink Floyd, foi lançada. O remix deveria ter saído em 2018, ou seja um ano depois do aniversário de quatro décadas do LP, mas uma disputa entre Roger Waters, autor das músicas e vocalista em todas menos uma, e David Gilmour, o guitarrista e dono da marca "Pink Floyd", atrasou a chegada do disco às lojas.
Gilmour teria ficado insatisfeito com as notas biográficas que foram escritas para acompanhar o trabalho e vetou o lançamento. Waters chegou a publicar o texto em seu site oficial no ano passado, aumentado a tensão que envolve os dois músicos desde os anos 80 - Waters deixou a banda em 1983, pouco depois do lançamento de "The Final Cut", acreditando que aquilo sinalizava o fim do grupo. Gilmour não pensava da mesma forma e decidiu seguir em frente, o que levou a uma grande disputa judicial que terminou com a vitória do guitarrista.
"Animals" é visto como uma espécie de "patinho feio" dentro da fase de maior sucesso comercial da banda. Ele sai depois dos ultra bem-sucedidos "The Dark Side Of The Moon" (1973) e "Wish You Were Here" (1975) e é certamente um dos trabalhos mais sombrios dos gigantes do progressivo. Com sua temática à la "A Revolução dos Bichos" que faz um comentário do clima político do Reino Unido de meados dos anos 70, o disco obviamente não é de fácil audição.
O LP também marcou uma guinada definitiva nas engrenagens do grupo, com Waters assumindo por completo o controle criativo deles. Se até "Wish You Werer Here" ele agia como um líder, mas dando espaço para que Gilmour e Richard Wright (e em menor escala o baterista Nick Mason) também contribuíssem, isso acabaria em "Animals". Para esse disco ele compôs e cantou em quatro de suas cinco faixas, "Dogs", é a única a contar com Gilmour nos vocais.
"Animals" vendeu obviamente bem, 12 milhões de cópias ao redor do mundo pelas estimativas, mas muito menos que os dois trabalhos anteriores, e o posterior ("THe Wall" que também teve Waters como líder absoluto do projeto).
Ao vivo, ele também nunca foi muito visitado pela banda. Depois de sua turnê de lançamento, onde todas as suas canções eram mostradas na ordem do LP, ele nunca mais foi revivido em frente ao público.
Waters, em seus shows solo, costuma tocar músicas dele, mas sempre de maneira comedida. Em sua atual turnê, apenas "Sheep", está no repertório.
Tudo isso faz de "Animals", que também nunca foi um queridinho dos críticos, ainda que essa opinião tenha mudado através dos anos, se mostre um disco pronto para ser reouvido, ou mesmo ouvido pela primeira vez. Esse remix, que dá mais clareza para as performances, mas não as transforma radicalmente, é um ótimo convite para que os fãs da banda façam isso o quanto antes.
Gilmour teria ficado insatisfeito com as notas biográficas que foram escritas para acompanhar o trabalho e vetou o lançamento. Waters chegou a publicar o texto em seu site oficial no ano passado, aumentado a tensão que envolve os dois músicos desde os anos 80 - Waters deixou a banda em 1983, pouco depois do lançamento de "The Final Cut", acreditando que aquilo sinalizava o fim do grupo. Gilmour não pensava da mesma forma e decidiu seguir em frente, o que levou a uma grande disputa judicial que terminou com a vitória do guitarrista.
"Animals" é visto como uma espécie de "patinho feio" dentro da fase de maior sucesso comercial da banda. Ele sai depois dos ultra bem-sucedidos "The Dark Side Of The Moon" (1973) e "Wish You Were Here" (1975) e é certamente um dos trabalhos mais sombrios dos gigantes do progressivo. Com sua temática à la "A Revolução dos Bichos" que faz um comentário do clima político do Reino Unido de meados dos anos 70, o disco obviamente não é de fácil audição.
O LP também marcou uma guinada definitiva nas engrenagens do grupo, com Waters assumindo por completo o controle criativo deles. Se até "Wish You Werer Here" ele agia como um líder, mas dando espaço para que Gilmour e Richard Wright (e em menor escala o baterista Nick Mason) também contribuíssem, isso acabaria em "Animals". Para esse disco ele compôs e cantou em quatro de suas cinco faixas, "Dogs", é a única a contar com Gilmour nos vocais.
"Animals" vendeu obviamente bem, 12 milhões de cópias ao redor do mundo pelas estimativas, mas muito menos que os dois trabalhos anteriores, e o posterior ("THe Wall" que também teve Waters como líder absoluto do projeto).
Ao vivo, ele também nunca foi muito visitado pela banda. Depois de sua turnê de lançamento, onde todas as suas canções eram mostradas na ordem do LP, ele nunca mais foi revivido em frente ao público.
Waters, em seus shows solo, costuma tocar músicas dele, mas sempre de maneira comedida. Em sua atual turnê, apenas "Sheep", está no repertório.
Tudo isso faz de "Animals", que também nunca foi um queridinho dos críticos, ainda que essa opinião tenha mudado através dos anos, se mostre um disco pronto para ser reouvido, ou mesmo ouvido pela primeira vez. Esse remix, que dá mais clareza para as performances, mas não as transforma radicalmente, é um ótimo convite para que os fãs da banda façam isso o quanto antes.