Cinco ano depois de "Utopia", Björk está de volta com "Fossora", o seu décimo álbum solo (ou 12° dependendo da conta). Como os fãs da islandesa já se acostumaram, esse é mais um trabalho bem diferente dos outros feitos por ela, ainda que a opção pelo experimentalismo, a instrumentação que foge do comum, além, é claro, os vocais e melodias personalíssimos, funcionem como uma espécie de linha que liga todos os trabalhos dela.
"Fossora" talvez seja o trabalho mais pessoal já feito pela islandesa, não só por ter sido composto primordialmente em seu país natal, lugar onde ela disse que há décadas não passava tanto tempo, como por ter canções inspiradas na morte de sua mãe.
Além disso, os seus dois filhos também participam do álbum: Sindri, de 36 anos, está em "Ancestress" e Ísadóra, 20, em "Her Mother's House".
"Fossora" está recebendo muitos elogios da imprensa especializada e foi quase todo composto e produzido pela própria artista com exceção de três músicas feitas em colaboração com o produtor indonésio Kasimyn. Do ponto de vista sonoro, a novidade aqui é a participação, quase sempre em primeiro plano do sexteto Murmuri, formado apenas por clarinetistas.
Resta saber se a cantora irá colocar alguma dessas músicas no show que vai fazer em breve no Brasil. Björk será uma das principais atrações da primeira edição no país do Primavera Sound - ela se apresenta em 5 de novembro, no festival que acontece em São Paulo.
O show faz parte da turnê "Björk Orkestral", que deveria ter acontecido antes da pandemia. Nos concertos, ela canta canções de várias fases de sua carreira acompanhada de uma orquestra formada por 22 músicos.
