O compositor, pianista e cantor João Donato morreu aos 88 anos nesta madrugada de segunda-feira, 17. Segundo as informações divulgadas pela família, o pioneiro da bossa nova, que se mantinha extremamente produtivo, faleceu em decorrência de uma série de problemas de saúde - há não muito tempo ele foi tratado de uma infecção nos pulmões.
Em mais de 70 anos de carreira, Donato foi um dos nomes mais importantes da música brasileira, tendo ajudado a criar a bossa nova - João Gilberto foi um de seus grandes amigos - mas nunca se limitando ao gênero.
Como acordeonista, o acreano nascido em 1934, já se apresentava profissionalmente com apenas 15 anos como integrante do conjunto de Altamiro Carrilho. Em 1953, e agora tendo o piano como instrumento principal, ele tinha seu próprio conjunto, com quem gravou dois compactos em 78 RPM.
O primeiro LP, "Chá Dançante" sai em 1956 e teve produção de Tom Jobim. "Mambinho", seu primeiro sucesso é lançado em 1958 e foi escrita com seu então grande amigo João Gilberto.
Donato passa então grandes temporadas nos EUA, com breves retornos ao Brasil. EM 1970, ele grava "A Very Bad Donato", álbum com influência do funk norte-americano que se tornaria cultuado mundialmente nas décadas seguintes. Nesse período ele também intensifica a fusão da música brasileira com o jazz e os ritmos latinos, que desde criança o fascinaram. Não a toa ele é visto como uma figura fundamental do latin jazz.
A volta definitiva ao Brasil acontece em 1972, quando lança o mítico "Quem É Quem", álbum fundamental da música brasileira e o primeiro em que ele também aparece como cantor.
Composições suas como "A Rã", "A Paz" e "Flor de Maracujá" fizeram sucesso nas vozes de outros intérpretes, como Gal Costa e Gilberto Gil (que fez a letra de "A Paz").
A obra de João Donato ganha força renovada no século 21, quando seus trabalhos são redescobertos por uma nova geração e ele passa a gravar e fazer shows com grande frequência. Em 2017, ele foi homenageado no Palco Sunset do Rock in Rio e não era raro vê-lo se apresentando para uma plateia com menos da metade de sua idade.
O sucesso não se restringia ao Brasil. Viagens ao exterior eram constantes e seus álbuns mais recentes mostravam um artista sempre irrequieto e aberto ao novo, "Sintetizamor", gravado com seu filho Donatinho em 2017 é um grande exemplo.
Seus trabalhos mais recentes foram "Síntese do Lance", um disco em parceria com Jards Macalé de 2021, e "Serotonina", que chegou ao mercado no ano passado. "Bananeira", "Até Quem Sabe" e "Nasci Para Bailar", "Emoriô" e "Lugar Comum", estão entre outras de suas composições mais célebres.
Em mais de 70 anos de carreira, Donato foi um dos nomes mais importantes da música brasileira, tendo ajudado a criar a bossa nova - João Gilberto foi um de seus grandes amigos - mas nunca se limitando ao gênero.
Como acordeonista, o acreano nascido em 1934, já se apresentava profissionalmente com apenas 15 anos como integrante do conjunto de Altamiro Carrilho. Em 1953, e agora tendo o piano como instrumento principal, ele tinha seu próprio conjunto, com quem gravou dois compactos em 78 RPM.
O primeiro LP, "Chá Dançante" sai em 1956 e teve produção de Tom Jobim. "Mambinho", seu primeiro sucesso é lançado em 1958 e foi escrita com seu então grande amigo João Gilberto.
Donato passa então grandes temporadas nos EUA, com breves retornos ao Brasil. EM 1970, ele grava "A Very Bad Donato", álbum com influência do funk norte-americano que se tornaria cultuado mundialmente nas décadas seguintes. Nesse período ele também intensifica a fusão da música brasileira com o jazz e os ritmos latinos, que desde criança o fascinaram. Não a toa ele é visto como uma figura fundamental do latin jazz.
A volta definitiva ao Brasil acontece em 1972, quando lança o mítico "Quem É Quem", álbum fundamental da música brasileira e o primeiro em que ele também aparece como cantor.
Composições suas como "A Rã", "A Paz" e "Flor de Maracujá" fizeram sucesso nas vozes de outros intérpretes, como Gal Costa e Gilberto Gil (que fez a letra de "A Paz").
A obra de João Donato ganha força renovada no século 21, quando seus trabalhos são redescobertos por uma nova geração e ele passa a gravar e fazer shows com grande frequência. Em 2017, ele foi homenageado no Palco Sunset do Rock in Rio e não era raro vê-lo se apresentando para uma plateia com menos da metade de sua idade.
O sucesso não se restringia ao Brasil. Viagens ao exterior eram constantes e seus álbuns mais recentes mostravam um artista sempre irrequieto e aberto ao novo, "Sintetizamor", gravado com seu filho Donatinho em 2017 é um grande exemplo.
Seus trabalhos mais recentes foram "Síntese do Lance", um disco em parceria com Jards Macalé de 2021, e "Serotonina", que chegou ao mercado no ano passado. "Bananeira", "Até Quem Sabe" e "Nasci Para Bailar", "Emoriô" e "Lugar Comum", estão entre outras de suas composições mais célebres.