Crédito fotos: Instagram @lenyandrade
Leny Andrade, conhecida como a "'Primeira Dama da Bossa Nova", morreu nesta segunda-feira, 24, aos 80 anos. A cantora havia sido internada no mês passado, no Rio de Janeiro, com um quadro de insuficiência respiratória - os exames confirmaram uma pneumonia. A artista teve alta há três semanas e pôde ir para casa, mas voltou a apresentar problemas de saúde.
No Instagram, ela recentemente havia postado mensagens de condolências pelas mortes de João Donato (morto na segunda-feira passada) e Tony Bennett (na sexta-feira), artistas com quem ela desfrutou da amizade.
Hoje, os dois artistas foram lembrados na mensagem que confirmou a morte da cantora: "Estou indo encontrar João Donato e Tony Bennett. Música no céu. Minha voz sempre estará com vocês."
Margareth Menezes, Ministra da Cultura, foi uma das primeiras a manifestar pesar pela morte da cantora: "Dona Leny Andrade, que vá em Paz. Seu legado é eterno. Obrigada por tantas contribuições", escreveu no Instagram.
Como explicou Ruy Castro, em um livro que acompanhou um CD da artista lançado em uma coleção da Folha de S. Paulo, Leny já tocava piano, e muito bem, quando João Gilberto lançou "Chega De Saudade", em 1958. Mas, como dona de uma voz poderosa e forte, ela acabou se filiando a outra "escola" da música moderna brasileira: a de Johnny Alf - que foi seguida por nomes como Pery Ribeiro, Elza Soares e Elis Regina, entre muitos outros.
Foi com Pery que ela viria a gravar um de seus grandes trabalhos: o ao vivo "Gemini V", de 1965. Mais trabalhos marcantes viriam nos anos seguintes como o disco homônimo de 1968, o moderno "Alvoroço", de 1973 (muto cultuado pelas novas gerações, ainda que ela não fosse muito fã do LP), "Registro" (1979) e "Luz Neon" (1988).
Leny podia gravar em qualquer estilo, e os discos dedicados aos songbooks de Cartola, Roberto Carlos, Tom Jobim e até o compositor popular Altay Veloso, todos igualmente recomendáveis, comprovam. Mas ela sempre será lembrada como grande nome da Bossa Nova e do Samba Jazz.
Seu talento nunca ficou restrito ao Brasil. Longe disso. Ela desenvolveu uma carreira grande nos EUA, onde chegou a morar durante alguns anos, e se apresentou com frequência nos principais clubes de jazz de Nova York - comparações com Ella Fitzgerald e Sarah Vaughn, seja por fãs ou críticos eram comuns, ainda que Leny sempre tenha cantado acima de tudo música brasileira, ainda que abrisse exceção para alguns standards norte-americanos.
Leny será velada amanhã, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, das 10 às 13 horas. Logo depois, uma outra cerimônia acontecerá no Memorial do Carmo, bairro do Caju, das 14 às 16. Em seguida o corpo da artista será cremado.
Leny Andrade, conhecida como a "'Primeira Dama da Bossa Nova", morreu nesta segunda-feira, 24, aos 80 anos. A cantora havia sido internada no mês passado, no Rio de Janeiro, com um quadro de insuficiência respiratória - os exames confirmaram uma pneumonia. A artista teve alta há três semanas e pôde ir para casa, mas voltou a apresentar problemas de saúde.
No Instagram, ela recentemente havia postado mensagens de condolências pelas mortes de João Donato (morto na segunda-feira passada) e Tony Bennett (na sexta-feira), artistas com quem ela desfrutou da amizade.
Hoje, os dois artistas foram lembrados na mensagem que confirmou a morte da cantora: "Estou indo encontrar João Donato e Tony Bennett. Música no céu. Minha voz sempre estará com vocês."
Margareth Menezes, Ministra da Cultura, foi uma das primeiras a manifestar pesar pela morte da cantora: "Dona Leny Andrade, que vá em Paz. Seu legado é eterno. Obrigada por tantas contribuições", escreveu no Instagram.
Como explicou Ruy Castro, em um livro que acompanhou um CD da artista lançado em uma coleção da Folha de S. Paulo, Leny já tocava piano, e muito bem, quando João Gilberto lançou "Chega De Saudade", em 1958. Mas, como dona de uma voz poderosa e forte, ela acabou se filiando a outra "escola" da música moderna brasileira: a de Johnny Alf - que foi seguida por nomes como Pery Ribeiro, Elza Soares e Elis Regina, entre muitos outros.
Foi com Pery que ela viria a gravar um de seus grandes trabalhos: o ao vivo "Gemini V", de 1965. Mais trabalhos marcantes viriam nos anos seguintes como o disco homônimo de 1968, o moderno "Alvoroço", de 1973 (muto cultuado pelas novas gerações, ainda que ela não fosse muito fã do LP), "Registro" (1979) e "Luz Neon" (1988).
Leny podia gravar em qualquer estilo, e os discos dedicados aos songbooks de Cartola, Roberto Carlos, Tom Jobim e até o compositor popular Altay Veloso, todos igualmente recomendáveis, comprovam. Mas ela sempre será lembrada como grande nome da Bossa Nova e do Samba Jazz.
Seu talento nunca ficou restrito ao Brasil. Longe disso. Ela desenvolveu uma carreira grande nos EUA, onde chegou a morar durante alguns anos, e se apresentou com frequência nos principais clubes de jazz de Nova York - comparações com Ella Fitzgerald e Sarah Vaughn, seja por fãs ou críticos eram comuns, ainda que Leny sempre tenha cantado acima de tudo música brasileira, ainda que abrisse exceção para alguns standards norte-americanos.
Leny será velada amanhã, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, das 10 às 13 horas. Logo depois, uma outra cerimônia acontecerá no Memorial do Carmo, bairro do Caju, das 14 às 16. Em seguida o corpo da artista será cremado.