Com mais de 30 anos de carreira, o Pearl Jam demonstra força e maturidade no merecidamente elogiado "Dark Matter". Em seu 12° álbum de estúdio, a banda de Seattle lançou um de seus trabalhos mais fortes e acessívies, com canções merecem ser ouvidas por uma audiência mais ampla do que a sempre fiel base de fãs do quinteto.
O disco se mostra bastante variado em suas 11 faixas, caminhando com naturalidade desde o punk rock mais revoltado até momentos de quase doçura pop, uma faceta que pode surpreender até quem nunca ligou muito para os americanos ou que parou de ouvi-los em algum momento dessa longa trajetória. "Wreckage", "Something Special, assim como a igualmente inspiradora "Waiting For Stevie" merecem virar hits.
Pearl Jam (Foto: Danny Clinch)
Além da banda, o mérito deve também ir para o produtor Andrew Watt, creditado como coautor de todas as músicas. Com apenas 33 anos, ele se tornou um dos nomes mais fortes da indústria da música neste século.
Com uma desenvoltura invejável para gravar tanto com astros pop quanto com lendas do rock, Watt tem o poder de revitalizar a música de veteranos, sem descaracterizá-los. Ozzy Osbourne e os Rolling Stones fizeram discos com ele recentemente com ótimos resultados.
O produtor já havia trabalhado com Eddie Vedder em "Earthling", o álbum solo que o vocalista lançou em 2022, e acabou ganhando a confiança do resto da banda para pilotar este novo trabalho.
