Peço a palavra, senhor presidente Tem a palavra o líder dos Tenentes Senhor presidente Eu que sou Tenente até a raiz dos cabelos Eu que trabalhei para botar o carnaval na rua Não posso deixar de combater a reforma dos estatutos Primeiro, por considerá-la inoportuna Contrária mesma aos reais e superiores interesses de nossa sociedade E segundo, por partir tal proposta de um grupo de derrotistas que de há muito senhor presidente já devia ter sido eliminado do nosso quadro social Pois o que eles querem, senhor presidente vossa excelência sabe perfeitamente é voltar ao regime da politicagem é entrar de novo nas "; comidas" é transformar isso aqui em Kananga do Japão onde nem haja pão. Ademais senhor presidente e caros consórcios esta reforma traz o rótulo democrático Portanto, é o bastante para ela cair ainda que seja necessário botarmos novamente o carnaval na rua. Por isto, senhor presidente como líder que sou da maioria dos Tenentes declaro votar contra a reforma dos nossos estatutos e ainda proponho não só a eliminação dos signatários da proposta em discussão como também sejam os mesmos intimados a remeter à nossa secretaria uma estampilha e dois retratinhos, afim de ver o que podemos fazer por eles nesta marchinha que não é deste, senhor presidente Mas sim do outro mundo Então enfeza, macacada!
Sou folião Não sou sargento Não sou cabo Nem Tenente de Galão Sou Tenente do Diabo
Um coronel muito vermelho Por uma preta teve amor Resultou desse dueto Um guri vermelho e preto Que é Tenente até na cor
Compositor: Noel de Medeiros Rosa (Noel Rosa) ECAD: Obra #482188