A viatura foi chegando devagar E de repente, de repente resolveu me parar Um dos caras saiu de lá de dentro Já dizendo, ai compadre, você perdeu Se eu tiver que procurar você ta fudido Acho melhor você ir deixando esse flagrante comigo No início eram três, depois vieram mais quatro Agora eram sete samurais da extorsão Vasculhando meu carro Metendo a mão no meu bolso Cheirando a minha mão.
De geração em geração Todos no bairro já conhecem essa lição Eu ainda tentei argumentar Mas tapa na cara pra me desmoralizar.
Tapa na cara pra mostrar quem é que manda Pois os cavalos corredores ainda estão na banca Nesta cruzada de noite encruzilhada Arriscando a palavra democrata Como um santo graal Na mão errada dos homens Carregada de devoção.
De geração em geração Todos no bairro já conhecem essa lição.
O cano do fuzil, refletiu o lado ruim do Brasil Nos olhos de quem quer E me viu o único civil rodeado de soldados Como seu eu fosse o culpado No fundo querendo estar A margem do seu pesadelo Estar acima do biótipo suspeito Mesmo que seja dentro de um carro importado Com um salário suspeito Endossando a impunidade a procura de respeito.
Mas nesta hora só tem sangue quente E quem tem costa quente Pois nem sempre é inteligente Peitar um fardado alucinado Que te agride e ofende para te Levar alguns trocados Era só mais uma dura Resquício de ditadura Mostrando a mentalidade De quem se sente autoridade Nesse tribunal de rua.
Compositores: Alexandre Monte de Meneses (Alexandre Meneses) (UBC), Lauro Jose de Farias (Lauro Farias) (UBC), Marcelo de Campos Lobato (Marcelo Lobato) (UBC), Marcelo Falcao Custodio (Falcao) (UBC), Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santana (Marcelo Yuka) (ABRAMUS), Welington Braga Inacio (UBC)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2005 e lançado em 2010 (15/Dez)ECAD verificado obra #153428 e fonograma #11468679 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM