Quem dera meu Deus, quem dera Quem dera que fosse mentira Que eu precisasse de fazer Esta súplica caipira
Fazer que exista entre os homens Um forte instinto de preservação Respeitando a fauna e a flora Que fazem o encanto do nosso sertão
O homem está se destruindo Em nome da evolução E desta forma vai surgindo Tal qual um ser sem missão
A vida está ficando triste Porque não existe amor à natureza Reclama em silêncio, mas clama Pedindo respeito a sua beleza
Só vejo águas poluídas E leitos de rios que estão secando Só vejo os tais caçadores Estes assassinos estão aumentando
Tomara que Deus me ouça E tenha compaixão do povo sertanejo Que não rezou na hora certa E por isso agora está suplicando
Pedindo a Deus pra acudir Pra salvar a todos do triste destino Pra não deixar secar as águas Pra salvar os peixes que estão sumindo
Pedindo pra salvar o verde O maior orgulho do interior Pedindo a Deus pra ajudar O homem a viver com um pouco mais de amor
Aves e animais selvagens Estão prestes a extinguir Se prosseguir esta matança Em breve ninguém vai ouvir
Os piados de um mutum E de um jaó vindos lá da mata Sempre enfeitando a tarde Quando as capivaras fazem grande alarde
O verde da nossa bandeira Nada irá simbolizar Se com tantas derrubadas O homem continuar
Em breve, em muito pouco tempo Estão antevendo um grande deserto E os maiores prejudicados Serão nossos filhos e os nossos netos E os maiores prejudicados Serão nossos filhos e os nossos netos
Compositor: Moises Manoel de Lima (Moises Manoel) ECAD: Obra #463556 Fonograma #1611919