Sou grito do quero-quero No alto de uma coxilha Sou herança das batalhas Da epopéia farroupilha Sou rangido de carreta Atravessando picadas Sou o próprio carreteiro Êra boi, êra boiada
Sou velha cambona preta Dependurada nos tentos Sou o chapéu do domador Tapeado de contra o vento Sou rancho de pau-a-pique À beira de uma estrada Onde descansa o tropeiro Pra seguir sua jornada
Sou a cor verde do pampa Nas manhãs de primavera Sou cacimba de água pura Nos fundos de uma tapera Sou lua, sou céu, sou terra Sou planta que alguém plantou Sou a própria natureza Que o patrão velho criou
(Êra boi! Êra boi... Sai daí cusco! Eita cusco que só atrapalha... Sai daí cachorro! Êra boi... Jaguaré... Boi Fumaça... Jaguaré... Êra boi, Jaguaré... Êra boi!!! Fumaça boi.. Encosta! Encosta! Êra boi! Êra! Sai daí, cusco...)
Compositores: Gentil Alves de Vargas (Xara), Iedo Cruz da Silva (Iedo Silva), Luiz Carlos Silva da Costa (L.silva) ECAD: Obra #5939 Fonograma #54459086