Os Monarcas

Embretados

Os Monarcas


De vez em quando uma saudade redomona
Relincha aflita no meu peito de campeiro
DaĂ­ entĂŁo encilho o verso da cordeona
Desconsolado em meu refĂșgio povoeiro

Mateando sĂł nesse entreveiro de estranhos
Eu me pergunto qual serĂĄ a realidade
Se aquela vida de campanha foi um sonho
Ou se perdido ando sonhando na cidade

(Mas nessas horas doloridas de recuerdos
Eu me emborracho de cantigas e poesias
E nessas noites quando me sinto alpedo
Me vou bem cedo pro balcĂŁo das pulperias)

Pois como eu hĂĄ tantos outros extraviados
Que se encontram no exĂ­lio de um galpĂŁo
Pra conspirar contra o destino instaurado
Bebendo acordes de cordeona e violĂŁo

E aqui estamos companheiros desgarrados
Desiludidos com a ganĂąncia das estĂąncias
Vivendo assim dessa maneira embretados
Num aramado intransponível de lembranças

Compositores: Brucevaine de Souza Darde (Bruce Vaine de Souza Darde), Nesio Alves Correa (Gildinho), Luiz Carlos Lanfredi (Luiz Lanfredi)
ECAD: Obra #7874996 Fonograma #1323940

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