Me cansei de patacoadas E fandango sem rodeios Tardes de falsos campeiros E montão contra o confreio
Chega de brutalidades De rasgar cavalo ao meio Porque cavalo e gaúcho Desta pátria são esteio
Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Talvez dois seres perdidos A vagar pelo capim
Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Pois quando morre um cavalo Morre um pedaço de mim
Nunca se monta num potro Sem antes amanuncia-lo Parceiro a gente conquista Não prende a força de piago
Tem que respeitar o amigo Que nos serve de regalo até nossa independência Foi feita sobre o cavalo
Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Talvez dois seres perdidos A vagar pelo capim
Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Porque quando morre um cavalo Morre um pedaço de mim
Um gaúcho sem cavalo É um arreio sem estribo É igual a um pajé solito Sentindo a falta da tribo
É mutante sem destino Que não acha lenitivo É um ser sem ideal Que não honra o chão nativo
Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Talvez dois seres perdidos A vagar pelo capim
Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Porque quando morre um cavalo Morre um pedaço de mim
Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Talvez dois seres perdidos A vagar pelo capim
Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Porque quando morre um cavalo Morre um pedaço de mim
Compositores: Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio), Luiz Carlos Lanfredi (Luiz Lanfredi), Odenir dos Santos, Francisco de Assis Brasil (Chico Brasil) ECAD: Obra #2328641 Fonograma #1178303