De vez em quando, quando boto a mão nos cobre, não existe china pobre nem garçom de cara feia, eu sou de longe donde chove não goteia não tenho medo de potro nem macho que compadreia.
Boleio a perna e vou direto pro retoço, quanto mais quente alvoroço muito mais me sinto afoito. E o chinaredo que de muito me conhece sabe que perigo desse meu facão na 28.
Remancheio no boteco ali nos trilhos enquanto no bebedouro mato a sede do tordilho, ouço o mugido e o barulho da cordeona e a velha porca rapona retoçando no salão, quem nunca falta é um índio curto e grosso de apelido pescoço da rabona ao querendão.
Entro na sala no meio da confusão fico meio atarantado que nem cusco em procissão quase sempre chego assim meio com sede, quebro o meu chapéu na testa de beijar santo em parede. E num relance se não vejo alguém de farda eu grito: - Me serve um liso daquela que matou o guarda.
Guardo o trabuco empanturrado de bala meu facão, chapéu e pala e com licença eu vou dançar, neste fandango levo a guaica recheada danço com a melhor china que não importo de pagar, o meu cavalo eu deixo atado num palanque e só não quero que ele manque quando terminar a farra.
E a milicada sempre vem fora de hora, mas eu saio porta a fora só quero ver quem me agarra. Desde piazito a polícia não espero se estoura reboldoza me tapo de quero-quero, desde piazito a polícia eu não espero se estoura a reboldoza me tapo de quero-quero.
Entro na sala no meio da confusão fico meio atarantado que nem cusco em procissão quase sempre chego assim meio com sede, quebro o meu chapéu na testa de beijar santo em parede. E num relance se não vejo alguém de farda eu grito: - Me serve um liso daquela que matou o guarda.
Compositores: Francisco Alves (Chico Alves), Kenelmo Amado Alves (Kenelmo Alves) ECAD: Obra #10417 Fonograma #682098