Palmeira e Luizinho
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Rosas de Nossa Senhora

Palmeira e Luizinho


("Eu vou contá pra vancês
A história do meu passado
E o que eu já tenho sofrido
Por um dia ter pecado

Por causa de uma muié
Eu já fui inté ladrão
Cheguei a esquecê de Deus
E também da religião

Amei um dia uma moça
E por ela eu fiz loucura
Ela zombou desse amor
Foi muito má criatura

Outro dia ela pediu
Pediu mas só de maldosa
Que então arranjasse pra ela
Um ramo de rosa")

E eu então procurei
Quase por todo o lugar
Não era tempo de rosa
Ninguém pode encontrá

E quando já anoitecia
Choveu, caiu temporá
Entrei então numa igreja
Só pra podê me abrigá

E quando entrei na igreja
Então eu vi nessa hora
Um lindo ramo de rosa
No artá de Nossa Senhora

E vendo as flores da Virgem
Eu tive uma ideia louca
Roubei o ramo da santa
Só pra levá pra cabocla

E logo saí da igreja
Por entre chuva e trovão
Vou então muito contente
Com aquele ramo na mão

E quando ia passando
Juntinho de uma porteira
Um raio veio do céu
Derrubando uma paineira

E quando o tronco caiu
Eu quis fugir do perigo
Mas já tava destinado
Pra receber meu castigo

Paguei bem caro o meu erro
Hoje estou aleijado
E é essa toda a história
De um pecador castigado

Compositores: Arlindo Pinto dos Santos (Arlindo Pinto), Diogo Mulero (Palmeira)
ECAD: Obra #7084544 Fonograma #2746938

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