Vou abandonar o que já sei E acreditar no incrível Pois foi por água abaixo aquele nosso plano infalível
E para suportar a dor de perceber O seu desprezo ao me perder Sei que preciso reinventar o amor E colocá-lo novamente dentro de você
Quando eu modificar a imagem Que aprisiona o seu pensamento Você vai vencer o medo de viver e seus desdobramentos E vai encontrar o caminho da beleza Labirinto dado como perdido E vai subir no alto de uma torre Na alma do nosso castelo demolido
Tudo é possível, não há nada que se possa deter O que era impossível acaba de acontecer
Eu sei que o Tempo é uma grande árvore De galhos infinitos E que o presente é o momento em que ela dá seu fruto mais bonito
E que amanhã tudo talvez Nos apareça claro como foi no início A mesma ilusão de amor nos faz saltar feliz De um novo precipício
E então vamos sentir de novo O gosto da eternidade E confundir instantes de alegria com a real felicidade
Ou, sem percebermos, Os dias irão passando como um trem sem estação E lá estaremos nós com os pés no chão Mas encostando o céu com a palma das mãos
Tudo é possível, não há nada que se possa deter O que era impossível acaba de acontecer
Compositor: Paulo Correa de Araujo ECAD: Obra #123239 Fonograma #39342