Paulo de Iguatu
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Destino de Mulher Falsa

Paulo de Iguatu


Uma vez já bem próximo a madrugada
Eu passando de fronte a um cabaré
Vi na porta o um senhor que tava em pé
Perto dele uma dona mal trajada
A mulher parecia amargurada
Por maltrato e talvez por perder sono
Disse o homem estás no abandono
Ela disse eu estou desprotegida
Vendo o corpo pra ver se levo a vida
Quem chegar e quiser será meu dono

Disse o homem com gesto genuíno
Tu não sabes na vida o que perdeste
Me responda porque que escolheste
Para te esse tão cruel destino
Ela disse esse destino assassino
Eu me queixo que eu mesma sou culpada
Pois com um ótimo senhor eu fui casada
Não cumpri minha jura e o traí
Ele soube expulsou-me estou aqui
Sem prestígio sem nome e sem ter nada

Meus dois filhos também se revoltaram
Não quiseram a minha companhia
Era um lindo casal joão e maria
Que sentidos também me desprezaram
Eu nem sei como estão se já casaram
Penso até que nem lembram de mim mais
Quem me dera encontra-los bons e em paz
Pra dizer-lhes meus filhos fui fingida
Só não fiz foi morrer de arrependida
Más jesus soma o tanto dos meus ais

Disse o homem eu sei do seu passado
Inclusive a sua filha maria
É doutora formada em pediatria
O joão é doutor advogado
Ela disse senhor e meu ex amado
Ainda gosta de andar muito granfino
Tem amor descoberto ou clandestino
Ou ainda não tá comprometido
Disse o homem sou eu seu ex marido
Boa noite e prossiga seu destino

Compositor: Francisco Costa do Nascimento (Paulo Nascimento)
ECAD: Obra #3101286

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