Já são 5 da manhã Ainda há tempo esta noite Para quem começa a viver, A rádio sussurra "Manhatã" Em acordes distorcidos Que nos enchem de prazer
Voam pássaros morcegos Assustando o pára-brisas E a paisagem que amanhece. Queres parar, mas não aqui Que essa luz parte de ti E o desejo que acontece.
Da chuva faço mil estradas de vidro E o meu carro a rolar. No ar o cheiro do destino, No chão a pele quente Do Algarve a acordar
Uuu! Uuu!
Já passamos Castro Verde, E escreveste na planície Como se esta fosse um papel, Dizes: "o mundo não compreende mais do que está à superfície" "Ne me quitte pas", pede Brell
Entre néons e Nirvana Vais mudando de estação Como se a próxima Fosse a melhor. E os sons que a serra esconde Entre o asfalto e o monte, São mais que a pressa do motor.
Da chuva faço mil estradas de vidro E o meu carro a rolar. No ar o cheiro do destino, No chão a pele quente Do Algarve a acordar
Uuu! Uuu!
Um dia de silêncio É um dia de amargura Igual a outro dia qualquer Trazes nos olhos o desejo Onde vejo a aventura Que ainda vamos viver.
Da chuva faço mil estradas de vidro E o meu carro a rolar. No ar o cheiro do destino, No chão a pele quente Do Algarve a acordar
Uuu! Uuu!
Compositor: Pedro Machado Abrunhosa (Abrunhosa Pedro) ECAD: Obra #210679 Fonograma #13190962