Pedro Bento e Zé da Estrada

Fim de Malandro

Pedro Bento e Zé da Estrada


Certo dia num bar encontrei um malandro
Comendo e bebendo e desafiando
Com seus próprios amigos que estava apreciando
E com uma navaia na mão relampiando
Só contava vantagem, falava bobagem
E aqueles caboclo estava acreditando

Nessa hora eu cheguei pro malandro eu falei
Fiz a minha obrigação como manda a lei
Dei a voz de prisão praquele beberrão
Foi com uma navaia que eu encontrei
Dei um salto pra trás que nem um satanás
No peito do cabra com os dois pés pulei

O malandro era mesmo muito traquejado
E pulou para o lado pra se defender
E me deu uma pernada pra ser acertada
Minha ligeireza que foi me valer
Com meu punho de aço acertei o seu braço
Dei nele um repasso pro cabra aprender

Isto serve de exemplo pra muitos caboclo
Bebe fica louco e qué se aproveitá
Não respeitando a lei vai pará no xadrez
Sai andando de esqueio que nem um tamanduá
Assim sofre o soldado cumprindo o mandado
E honrando sua farda até a morte chegá

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Waldomiro de Oliveira (Ze da Estrada), Jose Eugenio Honorio (Ze Goias)
ECAD: Obra #186045 Fonograma #9284839

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