Pelo vitro dentro de um quarto em minha frente Vejo um vulto diferente, mal posso compreender Me aproximo de tanta curiosidade Porque o vulto na verdade chega me surpreender E por de trás de uma cortina transparente Sob a luz fosforecente vejo um corpo de mulher Que aparenta 20 anos mais ou menos pelo o que estou sabendo meu carinho ela não quer
E eu me perco diante de tanta beleza Presente da natureza ela merece também como se veste roupa Intima elegante o seu jeito provocante não parece com ninguém Se retrocede num instante tão segura Num sorriso de ternura, deixa no vaso uma flor Ela se curva sobre a cama lentamente E despercebidamente ela faz cenas de amor
No desespero de uma vida tão vazia curte um som sem alegria em seu quarto de mansão E quando se perde entre um som de toca fitas Eu a vejo mais bonita do meu quarto de pensão
Ela contempla o seu rosto calmamente com um gesto diferente banha o rosto abrasador eu delirando no vitro quase fechado No calor desesperado quase morrendo de amor Discretamente sai do quarto e fecha a porta logo depois ela volta do banho pra se enxugar Ela se esconde na toalha umedecida sob uma luz colorida que esta pra se apagar
Nesta penumbra devagar vai se deitando suas mãos vão deslizando para o sono começar A luz se apaga tudo acaba eu fico triste em saber que nada existe entre nós eu vou chorar A luz se apaga tudo acaba eu fico triste em saber que nada existe entre nós eu vou chorar
Compositores: Agenor Barbosa de Almeida (Paulo de Paula), Odivo de Oliveira (Joao Fantasma(cantor Misteriso) ECAD: Obra #23953 Fonograma #9284826