Este sertão conheço a casco de cavalo Conheço o rio desde a foz até a nascente O meu descanso vai até o cantar do galo O meu trabalho vai até o Sol poente
Agora vejo o ofício de peão E após dias vai se transformando em nada Porque a estrada de tirar boi do sertão Em muitos trechos já estão pavimentadas
Este é meu último transporte de boiada Eu vou levando o meu último cargueiro Entre os peões que transitaram nessa estrada Eu sou o último peão de boiadeiro
Não vou deixar me abater com o progresso Sou obrigado a acompanhar a evolução Homem de fibra não se entrega ao insucesso Vou tirar carta de chofer de caminhão
Se nessa estrada sou o último peão Na nova estrada poderei ser o primeiro Entre a velha e a nova profissão Transporto gado no expresso boiadeiro
Este é meu último transporte de boiada Eu vou levando o meu último cargueiro Entre os peões que transitaram nessa estrada Eu sou o último peão de boiadeiro Eu sou o último peão de boiadeiro Eu sou o último peão de boiadeiro Eu sou o último peão de boiadeiro
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Celso Faria (Rancheiro), Luiz de Castro ECAD: Obra #562337 Fonograma #5746870