É doida de jogar pedra A velha da roupa preta Que anda pela cidade Pedindo por caridade É bruxa ou feiticeira
Esta miséria ambulante Esse pedaço de gente Se arrastando na ladeira As latas que ela carrega Acordam a rua inteira E a meninada esgoela Chaleira, chaleira, chaleira
Lá vem a chaleira Lá do alto da poeira Lá vem a chaleira Lá do alto da poeira
Chaleira é mulher velha Mas que já foi menina Que teve seu endereço Nessa minha Diamantina
Rua caminho do carro Foi a sua passarela Ali ela foi princesa Foi a nossa cinderela
A vida deu tantas voltas E de tal forma a maltrata Que seu véu era de noiva Hoje é um véu de lata
Lá vem a chaleira Lá do alto da poeira Lá vem a chaleira Lá do alto da poeira
Na rua jogo da bola Ou mesmo na grupiara Os meninos ouvem lata E saem em algazarra
Menino sabe o instante Não sabe o que veio antes Menino sabe o agora Não sabe o que foi outrora
Menino corre da velha Quando a velha joga pedra Menino corre de medo Menino caga no dedo
Quando a velha joga pedra Ela está louca da vida Pela vida que ela tem Pela vida que tivera
Lá vem a chaleira Lá do alto da poeira Lá vem a chaleira Lá do alto da poeira Lá vem a chaleira Lá do alto da poeira
Na rua jogo da bola Ou mesmo na grupiara Os meninos ouvem lata E saem em algazarra
Menino sabe o instante Não sabe o que veio antes Menino sabe o agora Não sabe o que foi outrora
Menino corre da velha Quando a velha joga pedra Menino corre de medo Menino caga no dedo
Quando a velha joga pedra Ela está louca da vida Pela vida que ela tem Pela vida que tivera
Lá vem a chaleira Lá do alto da poeira Lá vem a chaleira Lá do alto da poeira Lá vem a chaleira Lá do alto da poeira
Compositores: Fernando Rocha Brant (Fernando Brant), Otavio Augusto Pinto de Moura (Tavinho Moura) ECAD: Obra #89030 Fonograma #26496