Valha-me, Deus Se é da carne o sentimento bom O pensamento que me soa o tom A poesia à toa A nostalgia boa
E eu me entreguei Fui da janela ao que me seduziu Um olho viu e o outro descobriu A poesia à toa A nostalgia boa
Dê atenção De curioso já quis decifrar Ninguém me disse que não tem mais volta Virei pra ver a porta Virão abrir a porta E tudo eu sonhei Foi nesse tom que o piano tocou Num breve susto que não me assustou Ô meu irmão acorda. Irmão, cadê a corda?
Valha-me, ó céus! Na pedra grega, estátua no jardim Cheiro de chuva molhando capim A poesia à toa A nostalgia boa E eu encontrei num canto torto do meu coração Um choro bom que me embaça a visão A poesia à toa A nostalgia boa
Preste atenção: não é o Olimpo, é um simples salão Nas galerias do meu coração Que a cabeça recorda Que a vida ainda recorda E tudo eu sonhei Foi nesse tom que o piano tocou Um breve susto que não me assustou Ô meu irmão, acorda! Irmão, cadê a corda?