Pierangelo Bertoli

A Muso Duro (tradução)

Pierangelo Bertoli


E agora o que farei, não sei o que dizer


E sinto frio como quando estava sozinho,

Sempre escrevi os versos com a caneta

Não ordens precisas de trabalho.


Sempre odiei os porcos e os mexeriqueiros

E aqueles que roubavam um salário,

Os falsos que fazem uma carreira

Com certas prestações fora do horário.


Cantarei as minhas canções pela rua

E enfrentarei a vida de peito aberto,

Um guerreiro sem pátria e sem espada

Com um pé no passado

E o olhar firme e aberto para o futuro.


Gastei quatro séculos de vida

E fiz mil viagens nos desertos

Porque queria dizer aquilo que penso,

Queria seguir em frente de olhos abertos.


Agora deveria fazer as canções

Com a dosagem exata dos expertos,

Talvez depois vestir-me como um bobo

Para fazer o deficiente nos concertos.


Cantarei as minhas canções pela rua

E enfrentarei a vida de peito aberto,

Um guerreiro sem pátria e sem espada

Com um pé no passado

E o olhar firme e aberto para o futuro.


Não sei se nunca foi poeta

E não me importa de saber,

Encherei os copos do meu vinho

Não sei como é, porem vos convido a beber.


E as masturbações cerebrais

As deixo a quem é maduro ao ponto certo,

As minhas canções quero contá-las

A quem sabe masturbar-se pelo gosto.


Cantarei as minhas canções pela rua

E enfrentarei a vida de peito aberto,

Um guerreiro sem pátria e sem espada

Com um pé no passado

E o olhar firme e aberto para o futuro.


E não sei se terei os amigos a fazer-me o coro

O se terei somente rostos desconhecidos,

Cantarei as minhas canções para todos eles

E no final da caminhada

Poderei dizer que os meus dias os vivi.

A Muso Duro


E adesso che farò, non so che dire

e ho freddo come quando stavo solo

ho sempre scritto i versi con la penna

non ordini precisi di lavoro.

Ho sempre odiato i porci ed i ruffiani

e quelli che rubavano un salario

i falsi che si fanno una carriera

con certe prestazioni fuori orario

Canterò le mie canzoni per la strada

ed affronterò la vita a muso duro

un guerriero senza patria e senza spada

con un piede nel passato

e lo sguardo dritto e aperto nel futuro.

Ho speso quattro secoli di vita

e ho fatto mille viaggi nei deserti

perchè volevo dire ciò che penso

volevo andare avanti ad occhi aperti

adesso dovrei fare le canzoni

con i dosaggi esatti degli esperti

magari poi vestirmi come un fesso

per fare il deficiente nei concerti.

Canterò le mie canzoni per la strada

ed affronterò la vita a muso duro

un guerriero senza patria e senza spada

con un piede nel passato

e lo sguardo dritto e aperto nel futuro.

Non so se sono stato mai poeta

e non mi importa niente di saperlo

riempirò i bicchieri del mio vino

non so com'è però vi invito a berlo

e le masturbazioni celebrali

le lascio a chi è maturo al punto giusto

le mie canzoni voglio raccontarle

a chi sa masturbarsi per il gusto.

Canterò le mie canzoni per la strada

ed affronterò la vita a muso duro

un guerriero senza patria e senza spada

con un piede nel passato

e lo sguardo dritto e aperto nel futuro.

E non so se avrò gli amici a farmi il coro

o se avrò soltanto volti sconosciuti

canterò le mie canzoni a tutti loro

e alla fine della strada

potrò dire che i miei giorni li ho vissuti










Compositor: P. Bertoli / F. Urzino

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