Na cidade de Barretos Um amigo me contou A história do Soberano Que o menino sarvou Foi um milagre divino Que na Terra Deus mandou Pra sarvá aquele inocente De um boi preto e valente Que sua fama esparramou
Este fato meus amigos É um causo verdadeiro E o pai deste menino Também era boiadeiro Era um home ricaço Não lhe fartava dinheiro Saiu atrás do seu dono Para comprá o Soberano Quero lhe amansar primeiro
Na compra do Soberano Lhe custou muito dinheiro Ele ficou orgulhoso De ser o rei dos boiadeiro Agora vou te amansá Do meu jeito costumeiro Mandô chamá seus peão E furava de ferrão Aquele boi traiçoeiro
Por ser um home marvado E também sem religião Em milagre eu não acredito Isto nunca existirão O Soberano gemia Amarrado no mourão Não foi o poder divino Este boi é um assassino Já matô muitos cristão
O Soberano raivoso Urrava como leão Com seu laço resistente Arrancou até o mourão Deu uma chifrada no dono Lhe arrancando o coração O boi sarvô seu menino Mas o seu pai assassino Que não teve salvação
Compositor: Armando Severino da Silva (Pinheiro) ECAD: Obra #40774