Domingo cedo quando calço as alpargata Curto das plata faço um vale no patrão Que o potro baio espera a lua da enfrenada E a ternerada vai lindaça com a ração Toso parelho num tordilho bem gaúcho De pouco luxo que eu não sou de pacholear A bombachita e a camisa gola pólo Que desenrolo quando saio a não voltar
Alpargateando nos bolichos da campanha Tem que ter manha pra poder pegar na mão Pelas orelhas se proseia carinhoso O perigoso é um pranchasso de facão Alpargateando nos bolichos da campanha Que se arreganham as pinguanchas do rincão Prenda solteira meto o olho e não tem nada E as casada é pra mirar de refilão
Chego na venda do Selino Arboredo Não tem segredo ele já sabe das milonga Primeiro um liso pra espantar calor e frio Depois vacio pra temperar a tarde longa
A cordeona vai se abrindo de mansinho E o Zé do pinho vai ponteando de paleta Largo a veneira de toma samba com fanta E umas percanta já vão mostrando a careta
Alpargateando nos bolichos da campanha Tem que ter manha pra poder pegar na mão Pelas orelhas se proseia carinhoso O perigoso é um pranchasso de facão Alpargateando nos bolichos da campanha Que se arreganham as pinguanchas do rincão Prenda solteira meto o olho e não tem nada E as casadas é pra mirar de refilão
Boca da noite quando vem batendo a broca Salta da toca um pastelzito pura banha E a energia do gaúcho se renova Pua de trova quero vê qual que me apanha é só gaiteiro, vanerão de cola atada Não cobro nada mas enfreno sim senhor Pobre alpargata quando a sala se apequena Vem cá morena que hoje não tem por favor
Alpargateando nos bolichos da campanha Tem que ter manha pra poder pegar na mão Pelas orelhas se proseia carinhoso O perigoso é um pranchasso de facão Alpargateando nos bolichos da campanha Que se arreganham as pinguanchas do rincão Prenda solteira meto o olho e não tem nada E as casada é pra mirar de refilão
Compositor: Davi Teixeira dos Santos (Davi Teixeira) ECAD: Obra #3361535 Fonograma #1770156