Ces não me querem aqui Querem que eu saia daqui Querem que eu erre aqui Querem que eu caia aqui Querem que eu corra daqui Querem que eu morra aqui Querem um branquinho roubando meu flow, minha história e dizendo que eu não mereci
Querem que eu peça perdão pelas vezes que eu já sucumbi que eu suma daqui Querem que eu tome uns tapa na cara por nada e não faça uma rima pra dizer que eu não vou mais ouvir Não vou mais seguir
Sua regra, sua sua meta, sua multa, sua lei Seu governador, senador, nem seu rei Sou rei, e não devo pra ti Sou parte da cota que tá na tv É como se eu houvesse um limite de preto e se tem muito preto esse posso não vê Não vejo Djonga na TV Não vejo Baco na TV Não vejo Budah na tv 20 de novembro talvez pode ser E provavelmente depois depois de eu dizer vocês nunca mais vão me ver
Meritocracia sempre me consome Roubei seu Mizuno porque é mais que comer Quer que eu aceite o pouco porque eu tenho fome Com esse flow quadrado passa o microfone
Querem nos ver muito mal pra fazer o mal Pra dizer que a gente é do mal Querem que eu chute sua bola pro gol pra só desse jeito me acharem legal Até vocês vê um pivete usando Juliette gingando com a cara de mau Pagando pra ver em cima da CG invadindo o senado chamando no grau
Querem te seguir no shopping só pra ter certeza que você não é marginal Querem te ver no farol, debaixo do sol, pedindo esmola no sinal Querem que eu corra pra eles, trabalhe pra eles, que eu traga o troféu da final Odeiam minha boca, nariz e cabelo, odeiam meu cheiro, mas amam meu…
Ces paga de lock, pegaram o rock e deram pro Elvis Ces não me ama, ces não me engana Ces que me cobra e ces que me deve Como se atreve? Por onde eu passo o baile ferve Eu sou o pagode, eu sou a febre Diz que não pode, seu filho pede Diz que não pode, sua filha pede O que já é nosso a gente não toma, então toma toma o sistema fede Ces querem nós faltando na aula pra limpar sua casa quando a gente cresce Ces querem nós bem domesticados pra ir pro trabalho e sem fazer greve Mas eu nasci fora padrão eu sou o patrão, me chame de afronerd
Querem que eu fique calado, preto não pode falar Querem que eu seja um bom gado, pra ser fácil de domar “Povo brasileiro é tão guerreiro ele sempre aprende a superar” A gente não quer mais superação a gente quer champagne com caviar
Já vi uma cromada na nuca gelando minha cuca e descendo até que o pé gele Ninguém pode mais aceitar calado ser assassinado pela cor da pele O bom de eu já ser um cancelado é que se não gostou eu só digo então me cancele Então se tem que ser falado, quem mandou matar Marielle?
Meritocracia sempre me consome Roubei seu Mizuno porque é mais que comer Quer que eu aceite o pouco porque eu tenho fome Com esse flow quadrado passa o microfone
Ces não me querem aqui Querem que eu saia daqui Querem que eu erre aqui Querem que eu caia aqui Querem que eu corra daqui Querem que eu morra aqui Querem um branquinho roubando meu flow, minha história e dizendo que eu não mereci
Compositores: Fernando Aparecido Goncalves (ABRAMUS), Jose Tiago Sabino Pereira (Projota) (ABRAMUS)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2023 (10/Mai) e lançado em 2022 (10/Out)ECAD verificado obra #36821039 e fonograma #43079874 em 19/Abr/2024 com dados da UBEM