[Refrão] Minhas canela fina me levaram até onde eu nem imaginava ir A realidade desse mundo é um capeta no meu ombro Me dizendo que eu nunca vou conseguir Calço meu boot vagabundo e saio pra ganhar o mundo como se o amanhã num fosse existir Porque só eu sei o QUANTO foi foda O QUANTO foi foda O QUANTO foi pra tá aqui
[Projota] Quanto vale o seu amor? Irmão, uma coisa é certa Nem toda prostituição comercializa perna aberta Incerta é a volta da guerra, é verdade Mas eu sempre preferi morrer do que viver sendo um covarde A cidade flagela, chicoteia, assusta Infesta que testa e prega o valor que cê custa Te classifca por ''tô te julgando'' Mas se o verde fosse esperança, as floresta não tava acabando Se o preto é escuridão e o branco é paz Por que foram os branco que levaram a guerra até meus ancestrais? Trazendo pra trabalhar pra eles, navio negreiro Não é diferente dos buzo hoje no Brasil inteiro As 5 da manhã, tá preparado? Melhor que esteja, porque pior que ser escravo é ser desempregado E passar fome, morar nas calçada Não saber como perdeu tudo se nunca sentiu o valor de nada Porque o pouco que a gente tem Parece imenso quando se vai, e pequeno quando vem Ambição não é ruim desde que não haja excesso Os cara confunde humildade com não querer progresso Mas tudo que é demais, dá errado Até felicidade, pra mim quem sempre sorri é falso ou é viado É irrelevante exaltar a verdade então Já que ser verdadeiro não é mais que a nossa obrigação Não se encontra o valor das pessoas nelas Nem que se abra a barriga ou a cabeça delas O meu valor não tá numa posição Tá no olhar de que minha inexistência gere uma preocupação Vem, pode dizer que ''tamo junto moleque!'' Mas cê não tava no tempo que eu dava Rec No radim, batendo o Mic em caixa de sapato pra fazer batida Troca o Dek antes de fazer Rap, eu faço vida Vai! Lembro das porta fechada pra rimar Rashid vinha de Minas pra nóis tocar E antes de show no Circo Voador Tocava em cima de um Kombi véia, um microfone, um amplificador E só... E era o bastante pro filho de uma escritora, cantora, compositora, teve que partir Por isso hoje cada show que eu faço na cidade é continuidade, é como se ela ainda tivesse aqui Foi... Tempo passou mas não fez esquecer Me ensinou que pra ganhar também tem que perder Perdi carinho, atenção (talvez) Perdi a mãe, mas ganhei a admiração de vocês Se fazer Rap é a missão incubida pra isso Entrego a minha vida e me mantenho nela até o fim Porque hoje eu sei que Projota é o nome que cala cada idiota Que pensou que eu era só mais um neguim Sim, eu sou a encarnação da quebrada Materialização do tudo a partir do nada Eu sou cada olhar triste na rua Sou a vingança de quem teve que engolir a injustiça crua Sou preto, sou branco, sou gueto, sou tango Superação quanto a determinação Me diz quanto vale o seu coração Tantos Pelezim caíram antes de chegar a seleção EU NÃO!
[Refrão 2x]
[Rashid]
Licença aqui... Quando eu tinha mais ou menos 13 anos (sabe?!), eu mudei pra Minas E lá eu tinha um Walkman e uma caixa de som E durante 4 anos e meio, essa caixa de som me acompanhou porque era o mais próximo que eu chegava de ter meu próprio estúdio, tá ligado? Eu sei o QUANTO vale essa porra! A Rua é Nóiz
Compositores: Jose Tiago Sabino Pereira (Projota) (ABRAMUS), Michel Dias Costa (Rashid) (ABRAMUS)Editores: Foco Na Missao (ABRAMUS), Universal Music Publishing Ltda. (UBC)Administração: Boa Musica Brasil Direitos Musicais Ltda (UBC), Arabella Ltda Editora Musical BMG (UBC), Warner (UBC)Publicado em 2013 (21/Nov) e lançado em 2010 (19/Set)ECAD verificado obra #19964773 e fonograma #3832474 em 19/Abr/2024 com dados da UBEM