O Rap pra mim É como bálsamo na ferida Marabá Um pedaço da minha vida
Eu moleque Preto
Eu moleque Preto
Eu moleque Preto
Gueto, gueto, gueto
Treze anos de idade Responsa de adulto
Pai irresponsável Família sem um puto
Sem informação Fudido em colégio público
Quando ele morreu Eu não fiquei de luto
Agora eu voar Pra chegar em algum lugar
Nem sei o que fazer Mas, vou me superar
Maluco eu vim da guerra Não conheci a paz
Meus amigos já morreram Outros ficaram pra trás
Só Deus na direção Muita luz no meu caminho
Marchando entre becos Vielas e espinhos
E quando eu precisava Descolar mais uns trocados
Jogava no talento, Jogava apostado
Treze anos de idade Era cria do Gueto
Eu, do gueto, moleque Preto
Mas a vida é jogo Alguém tem que perder
moleque Preto Improvisa pra sobreviver
Eu moleque Preto Morando na parte mais quente do gueto
Eu moleque Preto Jogando no nível mais baixo do gueto
Eu moleque Preto Morando na parte mais quente do gueto
Eu moleque Preto Jogando no nível mais baixo do gueto
Gueto, gueto, gueto
De repente um cara estranho pá entrou no bar
Olhou bem nos meus olhos E me chamou pra jogar
Não é do nosso time Mas ai, pode apostar
Tipo X9 Eu senti conspiração no ar
Dinheiro é dinheiro Ele perdeu assim
Subestimou o moleque do gueto Chegou ao fim
Se tinha 100 no bolso Ele perdeu pra mim
Mas a vida é muito loka Deixa quieto enfim
Começou a se alterar Começou a me estranhar
Tem algo errado Eu senti conspiração no ar
Sem mais sem menos Me falou que era policia
Pagando de civil Hei cheio de malicia
Na mente do otário Era o próximo da lista
Sem deixar pista Pro médico-legista
Tentando me extorquir Pra não me levar em cana
Mal sabia do meu ódio Mal sabia da minha fama
Todo errado safado, Mal intencionado
Jogando com um moleque de menor sequelado.
Pensou que eu tinha medo Mas ele mal sabia
Que eu já era vida era loka E via aquilo todo dia
Não na teoria Sem drama na prática
E na cintura uma pistola automática
Naquele tempo eu fui Sagaz Agora aprendi Não quero voltar atrás
Eu moleque Preto Morando na parte mais quente do gueto
Eu moleque Preto Jogando no nível mais baixo do gueto
Eu moleque Preto Morando na parte mais quente do gueto
Eu moleque Preto Jogando no nível mais baixo do gueto
Eu moleque Preto, Já fui humilhado, pisado, subestimado Quantas vezes pensei Em minha Vida dá cabo Mas eu sabia que tinha alguém ali Do meu lado, hã Eu sentia fé
Sentia virtude Eu clamava O braço arrepiava Eu vi a morte na minha frente Troca de tiros Corpo no chão O cano ainda quente a cabeça gira A mente pira