Se falta comida no prato e sem motivo pra sorrir Se tem mais um corpo furado de bala na maca da Uti Se tem mais irmão algemado dentro da viatura ou ensangüentado na porta do Banco no fracasso da fuga É lamentável ibope pra reportagem, O choque de alta voltagem Te transforma num louco selvagem que da tiro de fuzil, Na civil quando aparece, Que manda 4,5,6,7 pro Iml, Guerra no trafico, o final é sempre trágico triste pra família e doloroso no dia dos finados.
É embaçado recordar em meio a guerra Os moleques na rua de Terra Se acabando no pó e na pedra É foda o que me choca é saber que no final Sua vida minha vida vale menos que um real, Normal pra quem persiste em frente, A tela assistindo o Big Brother Ou o espetáculo de horror no Ratinho.
Se é pra sorrir ou se é pra chorar Vem me dizer vem me ligar, Arrar barulho louco de fuzil Ahk Estraçalhando a cabeça de um presidiário, Que incendiou o pavilhão da penita do Estado É lamentável infelizmente a mesma merda O ódio que vem da miséria atinge de sangue a favela,
Eu to narrando sem piedade infelizmente o que muitos não sabem Realidade Cruel sem maquiagem
Ratata quando o tiro do fuzil Disparar não adianta chorar em rezar Ratata, ratata quando o tiro do fuzil Disparar não adianta rezar
Não entra pra sonhar com habeas-corpus, Uma vez no crime esquece a chuteira da loto, Ocos pocos da cartola não sai coelho, No fim não tem tio patinhas nadando no dinheiro, Eu fiz uma trilhas de sangue da mansão até o Distrito, Pra ser Best Seller com o meu póstumo livro.
Só quando um preso esfaquear meu pescoço Um cineasta vai da o papel da minha vida pra um ator da Globo, No cemitério clandestino dei seis facadas no bracelete Ganhei meu pôster com recompensa na parede É foda vê que pro careca que não sabe lê É só coletiva na frente do logo do garra no Dp.
Arriscam a vida na rodovia, de fuzil russo Catam a carga, pro boy da sony recebeu seguro Meu pivete quer tirar do seu Rg, Meu nome não quer ser meu clone Super homem não deixa o filho passa fome, Enceno o psicótico, porque o Brasil me fez de brinquedo Brincou até quebrar, é não tem mais conserto, Sem conceitos de terror sem Mozart nem Chopin Sem Beethoven vai ser enforcado com a gravata amanhã, Rico deve ter doença psíquica nem Froid Explica qual é o tesão de ser fotografado pela policia científica,
Eduardo sem piedade falando o que muitos não sabem Facção Central sem maquiagem.
Ratatata quando o tiro do fuzil Disparar não adianta chorar nem rezar Ratata, ratata quando o tiro o fuzil Disparar não adianta rezar
Cena Loka,pra lá de trágica, Morte hemorrágica, tiro de automática explodindo a massa cefálica mas um que subiu na neblina sei lá se foi divida ou treta de quadrilha então horripilante efeito bumerangue quem mata também morre, volta ao pó seca o sangue
Socorro pra quem? Pra Deus maluco agora é tarde o que adiantou a blindagem pro moleque bem louco de crack que espera o boy sair da Cherokee pra encontrar com a faca na porta da agência bancária na reação são várias na cara é só o sangue espirrando no vidro do carro importado do Book na porra do shopping, vai criança pedindo um tocado,
outra vaca de chofer na saída do restaurante com brincos de ouro branco, anéis nos dedo do puro diamante vão lembrar desesperados
que no caixão é só solidão não cabe os quilos de jóia nem os dólar nem a mansão.
Ladrão,sanguinário na cena do loco Arranca a orelha, seqüestro relâmpago na mão da 40 sem dó vão rezar vão tremer vão chorar vão lembrar de Jesus quando o fuzil metralhar, clic clek clek!
Pânico São Paulo refém do medo Carnificina, tráfico Assalto velório enterro
Eu to narrando sem piedade infelizmente o que muitos não sabem Realidade Cruel sem maquiagem
Compositor: Douglas Aparecido de Oliveira (Douglas) ECAD: Obra #11034668 Fonograma #995309