Usando a mão fazendo um som utilizando a palma Sem manual, é natural é criação da alma Somente a matéria se dilui portanto, o que é espírito com o passar do tempo evolui
Vai dos tambor da África ao Pancadão do Gueto Pra ser mal visto como artista até me submeto Coisa de preto, ter talento e luz sinceridade está em nossos olhos dizem que os anjos têm olhos azuis
Causamos medo com nosso batuque conheço a manipulação isso é parte do truque Nossa parte do troco sem sair dos quilombos Vamos invadir as terras que nem Cristovão Colombo Os europeus invadiram as Américas no Sul do continente eu vivo resiste a população periférica Dos oprimidos, coletivos mais louco a junção dos Preto Véio com os Chefe Caboclo
Brasa, brasa fogo corre pelo pavio As culturas se mistura e corre pelo Brasil Cada velho vinil que um acervo dispõe a evolução do que já foi criado, propõe E o poeta compõe nas palavras polêmica Voz do povo carente sem formação acadêmica Tão poeta como Chico Buarque inimigo do sistema como os revolucionários das Farc
É, naturalmente Nada de "não pode" Que vale é o efeito suíngue, sacode Maracatu, jogo roda de pagode Musica preta, musica preta
Batucada, cantiga e os cabelos com trança Nos turbante, as batas elegância nas danças Contra as armas de fogo se defendendo com as lanças A nossa resistência a maior das heranças Nem mesmo a música ficou de fora Tipo no samba, cavaquinho instrumento europeu na mão dos pretos chora E na braveza que São Jorge tem vou enfrentando os dragão inspiração que vem de Jorge Ben Vários músicos bons nego, veio da antiga Já fui neguinho sonhador no amargo das brigas Barriga grande de lombriga, as pernas cinzentas Nossa vitória, o esforço em dobro representa
Filhos da seca do Sertão que nem Luiz Gonzaga Filho das treta do mundão continuando a saga Na Terra da Garoa tipo eu, Cohab I No Pelourinho no melhor estilo Olodum Tambor estala remanescente da senzala Mesmo que queiram, nessas horas nossa voz não cala Pouco se fala de Zumbi ou Ganga Zumba várias pessoas temem quando ouvem dizer "Macumba" Quem diz que o lado mal é nosso rito o preconceito de várias pessoas fortificam esse mito E nos conflitos, pouco se percebe música preta é a fonte universal que o mundo inteiro bebe
É, naturalmente A gente não pode Que vale é o efeito suíngue, sacode Maracatu, jogo roda de pagode Musica preta, musica preta
Quem vos canta tem um nome e eu vou lhe apresentar Sou o senhor Manicongo ein, neguinho, é nóis que tá Quem vos canta tem um nome e eu vou lhe apresentar Sou o senhor Manicongo ein, neguinho, é nóis que tá Quero ouvir Paranaê, paranâe, parané Paranaê, paranâe, parané Paranaê, paranâe, parané Paranaê, paranâe, parané
Compositor: Danilo Albert Ambrosio (Rincon Sapiencia) ECAD: Obra #6429441 Fonograma #2330079