A tinta da caneta é meu sangue
A folha rabiscada igual o corpo da Syang
Jogue um palavrão
Levante o dedo do meio
4 Dedo na mão
Efeito bumerangue
Um som sem alma dissolve que nem tang
A grana que chama deitada no mangue
Que seja um caranguejo
Ou um beijo
Tchau
Sem bobeira eu bolo o meu bang
Saca o meu flow
Faço mais flow
Que volks faz gol
Com verso na veia quem escuta faz how
Moleque zica, isso mesmo que eu sou
Antes da letra l meu truta te dou o z
Depois da letra r do e te dou o p
É o rap da zl caraio, fazer o quê?
Música preta chapando saquê

Refrão
Invadem terras
Falam de monte
Até parece que eu comecei ontem
E eles querem saber qual é a fonte
Neguin de quebra, hey
Neguin de quebra

Meu pais não tava de chapéu
Rango nunca faltou, nem caneta e papel
As palavras se encaicham igual corpos no motel
Minha mente criativa é como um bordel
Feche os olhos meu rei e dê o play
É como ler um folheto de cordel
Sigo sem apelo, rap sem gelo
Quente, como o óleo que frita os pastel
Música é minha goma, não tô de temporada
Pra muito é um hotel, pra muito é pousada
Cohab sou prédio, taco o terror no baile
Tipo oriente médio, festa bombada
Dinheiro limpo, verbo sujo que nem lodo
Se eu der ouvido a todos
Eu sei que eu me fodo
Saliva corrosiva um dragão de Komodo
Que nem gari limpando e passando o rodo

Refrão
Nasci no gueto mas eu
Nasci no gueto mas eu
Nasci no gueto mas eu
Nasci pro mundo

Olha meu bonde
Olha meu bonde
É manicômio que vem, pisando fundo

Nasci no gueto mas eu
Nasci no gueto mas eu
Nasci no gueto mas eu
Nasci pro mundo

Olha meu bonde
Olha meu bonde
É manicômio que vem, pisando fund