É o mais alto da trindade, detém a balança em meio a solenidade das prisões sem fiança
Pulso Firme e coração Nobre Embora sejam sensíveis ao lobby dos grandes peixes que cobre, com maestria As intenções das marteladas e o banquete da hipocrisia O Juízo Final ou as gargalhadas Marcam a vitória ou a derrota de um dos lados das bancadas
Vossa Excelência, que me julgue por desacato Mas não é por coincidência que tu nega este fato Sua tribuna foi edificada Sob tijolos do racismo e o estalo da chibatada
Porque Diabos! Velho rico esbranquiçado determina condenado um sujeito favelado?
Se não falam, nem o mesmo português, vocês pensam como burguês são descendentes de marquês De Pombal, Já nós dum cafezal dialeto original e conduta marginal
Somos diferentes em origem e fundamento Obedecer leis de outro povo, qual é o argumento?
Dizem de Direitos e Deveres Mas deveras seus Dizeres Dentre outros Pareceres Demonstram que são seres... sem escrúpulos Seu conceito de Moral é bem esdrúxulo
Se depender de vocês ja estamos todos condenados Porque sua Justiça escolhe lados... (eco)
Seu Direito Positivado Sempre Desrespeitado Por teus iguais jamais julgados pois são todos aparentados Juízes e Deputados Ilustres encarregados Do comando do estado Protesto! Negado!
Tipologias Complexas, Palavras Rebuscadas Embora desconexas, sempre utilizadas
Constituídas de Abuso de Poder Faz uso de seu Dever pra poder se engrandecer
Preferem Maquiavel a Mahatma Gandhi Doutores em Latim seguem o Modus Operandi
São os principais Mecânicos do Sistema Poem quem foge as regras dentro da quarentena Suas ferramentas, promotoria e a acusação A máquina é falha, está em constante manutenção
Do status quó, Ambulante Contradição Em cada B. O forjado para Prisão
O Império Caiu e a Tribuna ficou de pé Logo se reergueu entre razão e fé
Justiça que se faz de Cega Carrega em sua balança Dois Pesos e duas instâncias que agrega mais relevância Ao grande Teatro Judiciário Que trabalha mais depressa depois do noticiário caso contrário, plateia vaia com comentários e é tanta vaidade até passam a cumprir horário ***
Poder Supremo, Onde Ninguém da palpite Aos poderosos, claro, tudo se permite Se essa Justiça é cega, deixe-me perguntar Porque diabos não posso Cobrar?
Compositor: Samora N'zinga Soares Cardoso (Samora N'zinga) ECAD: Obra #24018831