Samora N'zinga
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Artigo Quinto

Samora N'zinga

Samora N'zinga - Primeiro Plano


É o mais alto da trindade, detém a balança
em meio a solenidade das prisões sem fiança

Pulso Firme e coração Nobre
Embora sejam sensíveis ao lobby
dos grandes peixes que cobre, com maestria
As intenções das marteladas e o banquete da hipocrisia
O Juízo Final ou as gargalhadas
Marcam a vitória ou a derrota de um dos lados das bancadas

Vossa Excelência, que me julgue por desacato
Mas não é por coincidência que tu nega este fato
Sua tribuna foi edificada
Sob tijolos do racismo e o estalo da chibatada

Porque Diabos! Velho rico esbranquiçado
determina condenado um sujeito favelado?

Se não falam, nem o mesmo português, vocês
pensam como burguês são descendentes de marquês
De Pombal, Já nós dum cafezal
dialeto original e conduta marginal

Somos diferentes em origem e fundamento
Obedecer leis de outro povo, qual é o argumento?

Dizem de Direitos e Deveres
Mas deveras seus Dizeres
Dentre outros Pareceres
Demonstram que são seres... sem escrúpulos
Seu conceito de Moral é bem esdrúxulo

Se depender de vocês ja estamos todos condenados
Porque sua Justiça escolhe lados... (eco)

Seu Direito Positivado
Sempre Desrespeitado
Por teus iguais jamais julgados
pois são todos aparentados
Juízes e Deputados
Ilustres encarregados
Do comando do estado
Protesto! Negado!

Tipologias Complexas, Palavras Rebuscadas
Embora desconexas, sempre utilizadas

Constituídas de Abuso de Poder
Faz uso de seu Dever pra poder se engrandecer

Preferem Maquiavel a Mahatma Gandhi
Doutores em Latim seguem o Modus Operandi

São os principais Mecânicos do Sistema
Poem quem foge as regras dentro da quarentena
Suas ferramentas, promotoria e a acusação
A máquina é falha, está em constante manutenção

Do status quó, Ambulante Contradição
Em cada B. O forjado para Prisão

O Império Caiu e a Tribuna ficou de pé
Logo se reergueu entre razão e fé

Justiça que se faz de Cega
Carrega em sua balança
Dois Pesos e duas instâncias
que agrega mais relevância
Ao grande Teatro Judiciário
Que trabalha mais depressa depois do noticiário
caso contrário, plateia vaia com comentários
e é tanta vaidade até passam a cumprir horário ***

Poder Supremo, Onde Ninguém da palpite
Aos poderosos, claro, tudo se permite
Se essa Justiça é cega, deixe-me perguntar
Porque diabos não posso Cobrar?

Compositor: Samora N'zinga Soares Cardoso (Samora N'zinga)
ECAD: Obra #24018831

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