Viciados em omeprazol, paracetamol Lexotan, microvlar e gardenal Afinal, isso é legal, tem o selo oficial 20 Gramas dose letal
Imunidade reduzida pela amoxicilina Abusa de penicilina, banaliza anfetamina E critica usuário de cocaína Dieta de suas crianças a base de ritalina
Inventam doenças, tipo tdah Pra vender mais droga e poder lucrar Hiperatividade, depressão Daqui a pouco decidem medicar uma simples reflexão
É cada artifício irreal, surreal Até o suco de laranja deixou de ser natural
Tem bula que burla até jurisprudência Prescrição médica não receita transparência Só falam de combate ao crack Enquanto promovem 10 de desconto no prozac
Xarope é pra comer Pílula é pra meter O que mais vão desenvolver? Qual doença vão vender?
Todo mundo usa droga Droga do mundo que vem dos usa Num jogo que tu não joga Do resultado sei que abusa
Mandam pra jaula os fumantes do brasil Enquanto pra dormir misturam dramim e rivotril
E rola muito coquetel Mas não é o molotov Até pode ser kadov Ou a mistura de umas nove Pastilhas coloridas Das quais não se faz batida Mas batido é acreditar que elas curam vidas Tratam com morte lenta Vida se acorrenta Em batidas sem limão ou menta
Há quem goste de way protein Há quem goste de um fumo finim Há quem busque ver o jardim Do paraíso ou lex gardeen
Bagulho sintético, até que ponto é ético? Usuários em busca do estético Porte atlético, suco dietético Abstinência torna o semblante esquelético
Sei que não consegue dormir Também não vai me ouvir A palavra de um doutor vale mais que de um mc Ou de qualquer paciente que escolha resistir Depressão! ansiedade? faz me rir Sociedade... até onde vai progredir?
Porque São cor por ações, tarjas de várias cores Corpos em ações, da bolsa de valores (x4)
Felicidade padrão, comportamento padrão Medicação padrão pra diferente questão E embora o quadro seja diferente Gotas de padronização para qualquer paciente
Oh que coincidência! estado da virose e da cesária Paciência... não resolve mas é necessária Na longa fila pela vida Surge um especialista na área Que só não medica hipocondria parasitária Colundria hereditária sem prevenção diária Mas com consulta ordinária
Quando me receitam 4 remédios sou mais prático Indicam farmácia e logo penso... sintomático
Prefiro à luz de um bom chá indígena Do que toneladas e toneladas dessa merda cancerígena
Mas falando em cura caseira Receita encontrada na floresta brasileira, onde Médicos e farmacêuticos, oriundos de uma escola Pesquisam comunidade indígena ou quilombola Perguntam sobre o chá, que cura aquilo lá A resposta irá anotar, a planta irá coletar Pra testar, o principio ativo Pois monopólio farmacêutico é bastante lucrativo
Quando afasta-se dessa gente Sua pesquisa é blindada pela lei de patente Mas esperto é quem sem intermédio Conhece e planta o próprio remédio Pois de remédio pra veneno a diferença tá da dose Qualquer uso em excesso é game overdose
Mas onde houver dose há sempre quem pague o preço Em biqueira ou farmácia a quem tenha o endereço
O cifrão envelopado vai direto pro escritório Parceiro do sanatório, da clínica, e do velório Que domina o território, investe no laboratório Financia o consultório, mas se confere o relatório Das causas mortis Na quebrada é por bala e vários tiros de fuzis Na guerra das hipocrisias há quem saia feliz Meia dúzia de acionistas que já nem moram no país
Porque São cor por ações, tarjas de várias cores Corpos em ações, da bolsa de valores (x 4)
Compositor: Samora N'zinga Soares Cardoso (Samora N'zinga) ECAD: Obra #24018829