É barro sim, não é brincadeira É jeito, força e vida Raciocínio na moleira
É barro sim, não é brincadeira É jeito, força e vida Raciocínio na moleira
É barro sim, não é brincadeira É jeito, força e vida Raciocínio na moleira
Olhos vermelhos correm até o horizonte Há quanto tempo que não chove? (Eu sei lá, já tem um monte!) A terra já tá rachada, sola do pé descascada E isso faz tua cabeça, mano véi, ficar virada
E essa dor é bem melhor a que se sente Se a cabeça corre o chão feito rastejo de serpente Se tu te entrega é que teu sangue não é quente O jeito é viver lutando, senão morre essa gente
É barro sim, não é covardia Tenha cabelo na venta E se garanta a cada dia É barro sim, não é covardia Tenha cabelo na venta E se garanta a cada dia
Sou um boneco de barro pensando e cantando De Caruaru pro mundo em um mundo Em um sonho acreditando Sou tão forte quanto a arte do Mestre Vitalino Que lá no Alto do Moura ainda brincou como menino
Eu já peguei chuva de vento, foi num lombo dum jumento Já peguei insolação, nas caatingas do sertão Sou nordestino cabra macho, num abro nem pra boi de carro Porque em minhas veias corre o mais quente Sangue de Barro
É quente, corrente e vivente Explode e incendeia igual cuspida de vulcão Isso é Sangue de Barro Caruaruense Que corre nas veias e irriga nosso coração
É quente, corrente e vivente Explode e incendeia igual cuspida de vulcão Isso é Sangue de Barro Caruaruense Que corre nas veias e irriga nosso coração
Compositores: Helder Isaac Lins Leal (Helder Isaac), Ivan Marcio Lima de Bulhoes, Jose Gildo dos Santos ECAD: Obra #31202019 Fonograma #28341862