Era o caminho da roça Pureza de Maria A folha verde no mato A chuva quando caia Passarim, rio e regato
E a natureza sorria Era o beijo que eu cultivava Vida que eu bem queria Do jeito que eu sonhava Realmente acontecia Queria um fruto eu plantava Vingava o fruto eu comia
Da morte eu não tinha medo A morte eu não conhecia Não tinha nenhum segredo Andava o mato sem guia Nunca era tarde nem cedo Meia-noite ou meio-dia Fui menino mais que sete Ou dezessete légua e meia
Menino fui cassetete Menino fogo nas veias Bola de gude, pivete Menino bola de meia
Fui menino meia noite Menino fui meio dia Menino vento de açoite Fui o ventre da folia Menino trovão da noite Fui chuva fui invernia