Nunca chore por mim Não chore não Que um dia eu volto Pra te buscar A partida e o caminho Nas minhas mãos E olhos da vida A me vigiar Eu percebo o destino sob os meus pés E a saudade no peito agourando a solidão O exílio e o aceno na estação Incidem na voz um lamento de adeus De quem vai se entregar Seja em qualquer lugar Onde a sorte vier
É seguir cada qual a sina de agora Desatino vadio da ilusão O apito do trem apressa a hora Marcando o compasso do meu coração Cada rosto se expõe na dor que chora Quando o sonho é varrido pela paixão Já é tarde estou indo, eu vou embora É que o choro arrocha o nó da canção De quem vai se entregar Seja em qualquer lugar Onde a sorte vier
Perdão dos amores desfeitos na tora Arrancados no véu da contra-mão Fizeram outono na minha história Atraindo abono e a distração Pelas ruas ganhei a pose e o disfarce O abraço e o perigo da delação Para a vida ofereço a outra face E pra morte celebro a confissão De quem vai se entregar Seja em qualquer lugar Onde a sorte vier
Compositores: Cicero Pereira de Souza Santanna (Santanna), Luiz Alberto Machado ECAD: Obra #275831 Fonograma #32818518