Santillo

Ponto

Santillo

Despeito


Após o ponto,
vendo a trança do momento
a balançar ao vento.

Resta tudo, tudo o que ficar.

Com o mal que salgou o lenço.
O Cristal que brindou o evento.
Pra depois sentir o beijo.
E nunca mais, ser mais o mesmo.

Premunindo o futuro,
com peculiar nostalgia.
Veio então o que viria.
Vazando tal como o calor do dia,
numa noite criança,
brotando no ar.

Após o ponto,
somente o tempo haveria.
Interlocutor
ou quem sabe a finalizar.

Pois o que o tempo não destrói,
Só mesmo o tempo pode guardar.

Compositor: Aldo Santillo e Walder Clemente

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