Sceptre52
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Águas Amargas

Sceptre52


Sem que possa deter o tempo corre, e algo se faz longe de suas mãos, parece que essas fontes envelheceram enquanto dava formas a Galatéia, que pedra fria são teus lábios, em seu peito não encontro vida, onde estão os olhos doces que imaginava esculpir? Tudo se fez tão sem graça, e eu queria acreditar que as rugas não foram em vão, qual a razão deste martírio?
Asas que não levam ao céu, e remos que movem navios de papel, vaidade em ser soberbas suas glórias mortas, e por ser tão vazio sentir mais os dias cinzas, sem ter defesas, e Te vi estender cura em meus joelhos quebrados, e o apreço de Seus olhos me faz a cada dia quer estar ao Seu lado, pois nada é mais como o sorriso morno de Gioconda. Prosperidade materialista me levara a incógnitas, ambição desatada, oh Deus mostra-me como a vida é curta, e eu sou frágil, a poesia se renova e eu sei que não sou daqui, por isso não ficarei á vontade enquanto não estiver em casa.

Composição: Saulo Silvério

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