Quando a confusão começou na casa do Rengo

Dançavam a melodia as pessoas de alta classe

Me passaram o cartão

Uma chinesa meio vesga

De nome escorregadia

E o Rengo dançava meio trotando

Vestido com smoking e alpargatas com bigode

Por volta das duas da madrugada

Chegou o comissário, cheio de confusão

E segurando o Rengo pelo smoking

Agarrando-o pelo pescoço, disse: Venha cá

Onde está a permissão para dançar?

Eu disse que não daria

E você, mesmo assim, começou a jogar

Venha aqui, não atire

Vamos ver se você, sargento, conhece

Os regulamentos, mostre a ele

E a confusão começou na casa do Rengo, meu amigo!

E o sargento, que era meio desajeitado

Com um terrível golpe de facão, cortou-lhe o pescoço

E imediatamente o levaram para o lado

E ele ficou todo arrumado, pronto para ser velado

Logo depois, a mulher saiu de chinelo

Fazendo um coque, para poder enterrá-lo

E, em seguida, ela gritou para o Pestaña

Para trazerem a cachaça, que vamos comemorar

Assim se foi o fiel Rengo

E sua mulher, que o amava com ardor

Com Macedo, o trovador, fugiu no dia seguinte

Assim passou aquela noite cruel

E eu, por querer dançar cúmbia

Levei uma surra e a festa naquela casa terminou toda mal