Está findando o meu tempo a tarde encerra mais cedo Meu mundo ficou pequeno e eu sou menor do que penso O bagual tá mais ligeiro braço fraqueja às vezes Demoro mais do quero mas alço a perna sem medo
Encilho o cavalo manso mas boto o laço nos tentos Se a força falta no braço na coragem me sustento
(Se lembro os tempos de quebra a vida volta pra trás Sou bagual que não se entrega assim no más) Nas manhãs se primavera quando vou parar rodeio Sou menino de alma leve voando sobre os pelegos Cavalo do meu potreiro mete a cabeça no freio Encilho no parapeito mas não ato nem maneio
Se desencilho o pelego cai no banco onde me sento Água quente e erva buena para matear em silêncio
Neste fogo onde me aquento removo as coisas que penso Repasso o que tenho feito para ver o que mereço Quando chegar meu inverno que me vem branqueando o cerro Vai me encontrar venta aberta de coração estreleiro
Mui carregado de sonhos que habitam o meu peito E que irão morar comigo no meu novo paradeiro
Compositores: Ewerton dos Anjos Ferreira (Ewerton Ferreira), Antonio Augusto Brum Ferreira (Antonio Augusto Ferreira) ECAD: Obra #28491 Fonograma #2497921