Olha, eu já subi a serra, Só me resta despencar; Pra baixo todo santo ajuda Não carece de empurrar. Eu conheço a minha hora, Reconheço o meu lugar.
Inda eu era um menininho Quando ouvi de um bom rapaz Que as pedras do meu caminho Tito eu e ninguém mais.
Disperso, na juventude, Descubro na dança dos canibais Que as vísceras lançadas aos chacais São os empórios dos sonhos Ilusórios dos mortais, Adornados com as mentiras Dos amores núpcias.
Eu conheço os meus irmãos E a casa de meus pais, Quem pintou este horizonte É maestro no que faz. Eu sou pardo e o amarelo É a cor que brilha mais.
Do alto da serra, Vejo entre as pedras lascadas As manhãs incendiadas, Mil carcaças pelo rio E eu não posso me queixar.
Eu conheço os meus irmãos E a casa de meus pais, Quem pintou este horizonte É maestro no que faz. Eu sou pardo e o amarelo É a cor que brilha mais.
Seu Ribeiro
Olha, eu já subi a serra, Só me resta despencar; Pra baixo todo santo ajuda Não carece de empurrar. Eu conheço a minha hora, Reconheço o meu lugar.
Inda eu era um menininho Quando ouvi de um bom rapaz Que as pedras do meu caminho Tito eu e ninguém mais.
Disperso, na juventude, Descubro na dança dos canibais Que as vísceras lançadas aos chacais São os empórios dos sonhos Ilusórios dos mortais, Adornados com as mentiras Dos amores núpcias.
Eu conheço os meus irmãos E a casa de meus pais, Quem pintou este horizonte É maestro no que faz. Eu sou pardo e o amarelo É a cor que brilha mais.
Do alto da serra, Vejo entre as pedras lascadas As manhãs incendiadas, Mil carcaças pelo rio E eu não posso me queixar.
Eu conheço os meus irmãos E a casa de meus pais, Quem pintou este horizonte É maestro no que faz. Eu sou pardo e o amarelo É a cor que brilha mais.