Quarto do Pânico
Linhas lustrosas obscurecidas por cortinas opacas
Metacarpos congelado batem, batem,
batem no vidro da janela.
Staccatos sincopados com o relógio quebrado
sincronizados com os meus
pós-traumáticos tiques tiques
Conversando com o espaço na sala
Que ecoa indiscernivelmente
Para o desconectado eu eu
Eu me auto-consumo
O que se segue é a minha ruína
A vítima noturna da guerra
E é assim que é:
guerra, guerra sem fim
Na minha dança sem fim com a entropia
Devo rescindir minha senciência
A doença que eu conheço
Reorganizar a desordem dos sentidos desintegrados
Peças de um quebra-cabeças, lascas espectrais
da alma desgastada e esfarrapada de um soldado
Na minha dança sem fim com a entropia
Devo rescindir minha senciência
A doença que eu conheço
Máquinas de ar olham para nós,
as bestas de poeira, enquanto agarramos
mãos e calcanhares
lama e areia, óleo vermelho-sangue
A palha da colheita
convertida em moeda para o comércio
Pedras de degraus cortadas
de nossos ossos perfurados
Riquezas são colhidas ao lado de nossos corpos,
semeados apenas para serem descartados de novo
e esquecidos se tropeçarmos
Postos em um ninho de desabrigados
Preso com agulhas sujas e ansiosas
Mandado para um campanário novo
onde caixas se fecham
Caia com graça ao se defender
tanto caridoso quanto casto
Louve-me pelo meu valor,
coloque-me em uma torre vermelha
Justifique meu terror sem fim
como a minha "melhor hora"
Trate-me como um símbolo para enganar a criança
que engordamos
para este abate do bode expiatório
Eu aprendi a lutar
Eu aprendi a matar
Eu aprendi a roubar
Eu aprendi que nada disso é real
Nada disso é real
Nada disso é real
Nada disso é real
Mas há uma guerra dentro da minha cabeça
Sitiado pela minha respiração
Engasgo, grito, ofego
O tempo arrasta-me de volta para o deserto
Isso é guerra
Uma criança tropeça vindo dos escombros
segurando sua salvação:
o gatilho para o fim, para acabar com todos nós
Eu tomei uma vida que toma a minha
à cada momento de silêncio que entramos em colapso
Você nos abandonou?
Toda a escuridão ganha vida
Pegue minha mão, me arraste para o vazio
Panic Room
Lustrous lines obscured by opaque blinds
Frozen metacarpals tap, tap,
tap the window glass
Syncopated staccatos with the broken clock
Synchronized with my
post-traumatic ticks ticks
Talking to the space in the room
That echoes back indiscernibly
To my disconnected self self
It's self-consuming
What's ensuing is my undoing
The nightly casualty of war
And it sounds like this:
war, endless war
In my endless dance with entropy
I must rescind my sentience
The sickness that I know
Rearrange the disarray of disintegrated senses
Puzzle pieces, spectral splinters
Of a soldier's worn and tattered soul
In my endless dance with entropy
I must rescind my sentience
The sickness that I know
Machines of air looking down on us,
the beasts of dust as we grapple
heel and hand,
mud and sand, blood red oil,
The chaff of the harvest
converted to currencies of wealthy means
Stepping stones cut
from our perforated bones
Riches are reaped beside our bodies,
sown just to be thrown back again
and forgotten if we stumble in
Laid inside a homeless nest
Stuck with eager dirty needles
Shipped to an early steeple
where boxes close
Descend with grace as you defend yourself,
both charitable and chaste
Praise me for my valor,
lay me on a crimson tower
Justify my endless terror
as my "finest hour"
Treat me as a token to deceive the child
whom we fatten
for this scapegoat slaughter
I learned to fight
I learned to kill
I learned to steal
I learned that none of this is real
None of this is real
None of this is real
None of this is real
But there's a war inside my head
Beleaguered by my breathing
Choking, screaming, heaving
Time drags me back to the desert
This is war
A child stumbles from the wreckage
holding his salvation:
the trigger to cessation, to end us all
I took a life that takes mine
Every quiet moment we collapse
Have you forsaken us?
All the darkness comes alive
Take my hand, drag me to the void
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