Foi de um moço que veio trazendo mandinga
Anunciando um anjo de banjo tocando cuíca
Que eu senti o tempero, provei da ginga
E percebi que o meu prumo se alinha
Com a zuela cantada pra Oxum nas esquinas
Com a leveza que a navegação nos ensina
E com a chama de candeia que é luz divina
Ora-iê-iê-io, ora-iê-iê-io, Ora-iê-iê-io, ora-iê-iê-io
E quando eu canto sinto que carrego
Da força celeste, uma fagulha do Luz
E quando eu danço, sinto que é uma prece
O batuque do Santos, e é ele quem me conduz
É que dentro de todo sambista chora
Um devoto de Nanã, e de nossa senhora
É que dentro de todo sambista mora
Um erê feito o do Luiz
Que pede samba pra brincar de roda
Um erê feito o do Luiz
Que pede samba pra brincar de roda
Um erê pedindo samba pra brincar de roda
Ora-iê-iê-io, ora-iê-iê-io Ora-iê-iê-io, ora-iê-iê