Sílvio Caldas
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Chão de Estrelas

Sílvio Caldas

Madrugada


Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria

Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações
Meu barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro

Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou

Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda, qual bandeiras agitadas
Pareciam estranho festival!
Festa dos nossos trapos coloridos

A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua, furando o nosso zinco

Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas os astros, distraída
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão
Compositores: Orestes Barbosa (SBACEM), Silvio Caldas (SBACEM)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2003 (20/Mai) e lançado em 2003 (01/Mai)ECAD verificado obra #519 e fonograma #606282 em 27/Out/2024 com dados da UBEM

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