Hoje tão sozinho vivo relembrando O homem que eu era há tampos atrás A mulher e filhos que abandonei Tudo que eu tinha e não tenho mais
Eu mesmo cavei minha sepultura Fiz o meu enterro com as próprias mãos Todos me desprezam por junto motivo Porque o meu corpo é um morto vivo E um vivo morto é meu coração
Ao passar em frente de um ex-companheiro Vejo esta cena que me entristece O mesmo amigo que me estimava Hoje faz de conta que não me conhece
Até as pessoas da minha família Ao me ver pendendo pra lá e pra cá Olham para mim e cheios de revolta De onde eu estou eles dão a volta E passam por longe pra não me encontrar
Só por eu viver sempre embriagado Me dão cada nome dos mais esquisitos Bebum de sarjeta, pinguço de rua De bafo de onça e boca de litro
E tarde da noite quando fecha o bar A fria calçada é o meu abrigo Eu sou um farrapo jogado na vida Eu quis acabar com a maldita bebida Mas foi a bebida que acabou comigo
Compositores: Aparecido Thomaz de Oliveira (Tomaz), Benedito Onofre Seviero (Benedito Seviero) ECAD: Obra #6649365 Fonograma #6503