(declamado Era um velho machado Cortando tronco antigo Daquele velho angiqueiro Que sempre foi bom amigo
O orvalho em forma de pranto Caindo dos galhos seus Parecia estar pedindo Não, não me destrua pelo amor de Deus)
Nasci sozinha sem ajuda de ninguém A natureza se incumbiu de me criar Minhas irmãs foram cortadas pouco a pouco Vocês não viram o meu pranto derramar
Pode tirar a minha vida, meu amigo E se prepare porque o seu fim está perto Pois cada tronco estendido é mais um pouco Do nosso mundo se transformando em deserto
Leve meu tronco para fazer seu caixão E o meu galho para fazer sua cruz E não esqueça que também foi de madeira A cruz sagrada que crucificou Jesus
Foi de madeira o seu berço adorado Desde a infância eu estou sempre contigo E hoje sinto a cada golpe de machado Que você é o meu terrível inimigo
Queira ou não eu estou sempre presente Sou sua cama, sua mesa de jantar Eu sou o verde cobrindo nossas colinas Sou o ar puro para o mundo respirar
Leve meu tronco para fazer seu caixão E o meu galho para fazer sua cruz E não esqueça que também foi de madeira A cruz sagrada que crucificou Jesus
Compositores: Alcino Alves de Freitas (Alcino Alves), Jose Dercidio dos Santos (Praense) ECAD: Obra #75545