Conheço um velho muito assanhado Êta velho danado, êta velho nó cego Pra velha dele está sempre gemendo Diz que está doendo, diz que está no prego
Ela não sabe que é só manha sua E que lá na rua o velho pinta o sete Ela não sabe que o velho vai no bailão E lá conquista o coração de garota de dezessete
Longe da velha o velho vira um trem Tem que ver o pique que o velho tem Longe da velha o velho vira um trem Tem que ver o pique que o velho tem
Quando ele chega no portão de casa Já derruba as asas com cara de choro Pra velha diz que foi na benzedeira Mas a noite inteira só picou o couro
Deita encolhido lá no seu sofá Sempre a reclamar que está ruim Preocupada com a fraqueza do velhinho A velha apronta rapidinho um mingau de amendoim
Longe da velha o velho vira um trem Tem que ver o pique que o velho tem Longe da velha o velho vira um trem Tem que ver o pique que o velho tem
Quem vê a cara que o velho faz Não acredita jamais que ele está com treta Sua saúde está uma teteia Mas pra sua velha ele só faz careta
E quando ela manda ele sair Pra se divertir dá no que ele quer Ele se enfia no meio da mulherada Só chega de madrugada andando de quatro pés
Longe da velha o velho vira um trem Tem que ver o pique que o velho tem Longe da velha o velho vira um trem Tem que ver o pique que o velho tem
Compositores: Jose Dercidio dos Santos (Praense), Rui Rosario, Benedito Jeronimo do Rosario (Veio Dito) ECAD: Obra #27857