Pelo rio, paraguaçu eu sabia Que o samba, surgiu foi na bahia Quem não reconhece isso, bom sujeito não é É ruim da cabeça ou age com má fé Até seu jiló apresentou o maxixe Disse que nem o coração mais amargo resiste O fruto deu em cacho, se desenvolveu E assim que o dendê no pé nasceu Sai, sai, sai ô piaba, saia da lagoa Bota a mão na cabeça e outra na cintura Dá uma rasteira nesse povo que não ta com nada Que só pra besteira, tem língua afiada Se não sabe o que é calundu que se calem Deixa que digam, quem pensem, que falem Pois quem foi pego pela praga Já tem uma vida amarga
Atenção, bote fé naquela praga De quem não sambar, terá uma vida amarga
Rebolar, vem da etnia rebolo Lembrar, áfrica matriz, o miolo Que ta no dna de cada crioulo Se o mundo inteiro é mestiço, Todo mundo no bolo Na roda a cultura fortalece Tudo acontece, o talento cresce Roda de capoeira, roda de samba Roda de breaking, olha a ciranda Recôncavo, olha as pernas pro ar Régua e compasso, b.boys a dançar B.girls, rodam a baiana Ensinam atitude pra essa fulana Com papo, de quem, não sabe dançar Que não sabe aprender, tem vergonha do olhar De quem censura, deixa lá Caia na roda e vem sambar
Atenção, bote fé naquela praga De quem não sambar, terá uma vida amarga
Seu jongo falou que isso é coisa chula Ta de burucutu, pra quem confabula De butuca não pisa na bola Que vai ter choro, vai ser viola A dona semba, é mãe de toda galera Ela se lembra, que os filhos, sofreram a vera Acreditando que tudo, que é mal se supera Tem netos, bisnetos que hoje prosperam Pode sambar no estilo estranho engraçado Estilo gringo, desengonçado Vale a atitude, dançar trás luz Dance no estilo coisinha de jesus A roda agora é pra improvisar Na dança, pode se jogar De qualquer jeito, na parada Para tomar umbigada
Compositor: Jorge Hilton de Assis Miranda (Simples Rap'ortagem) ECAD: Obra #6354376 Fonograma #2507749