Sinais nos céus. Tempos de sofrimento são chegados Balas traçantes anunciam mais um réu culpado Enjaulado suicida. Na marca da besta, a veste Morrer no mata. Assina um 12. Espalha a peste
Cidade devastada. Os mortos é que vivem aqui Na cova, riem ao sair. Já vi que não tão nem aí Se vai voltar. Mundos dos mortos Se for pra passar fome ou pra viver sem nome, aborto
Tortos corpos vagam em tempos sombrios Sangue nos rios, neve no verão, calor no frio Mas quem não viu fumaça na fábrica? E o fabricado consumiu Consentiu com esse genocídio armado e sucumbiu
Mas desde antes a Terra aquece Pra expurgar a estrela errante. Só um instante não difere o apocalipse pessoal É só colheita Salvação, vem, mas tem que passar na porta estreita
Mais um eclipse cega minha noite. E pro açoite aqui Não falta vaga. A bença da coroa na saga de quem roga a praga Amarga o sofrimento. Indaga o sentimento Não se comove, toma, naufraga esse lamento
Vem com o vento o mal que atenta E eu te atento a associar com o céu cinzento Os arrebento, asfalto, sangue, tang, leva aos bang bang E o bang, é de quem sai dos feudo e volta pra ficar beúdo com as gangue
Quadro nacional na pista, sempre os mesmos artistas. Cenário iluminista De quem arquiteta e dita sua dieta mista Desilusão, ilusão estereotipada. E eu não vejo nada Fita dominada, nada. É muita treta
Entendedor, um tratamento é letra É tudo igual esses demônios no temperamento Que vem à tona, diabólico Aqui as crianças deitam as esperanças nos dogmas católicos
Não cresce. Endurece. Amadurece Cai de maduro podre. Se nasceu pobre, veste as preces Na vida
Compositores: Gesterio Dias Chaves Neto (Sintese), Felipe Carvalho dos Santos (Moita), Leonardo Irian Siqueira Ribeiro, Dj Williao ECAD: Obra #31793416