Sobrevivente Moral
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Guerra no Gueto

Sobrevivente Moral


Aqui são soldados, soldados
Soldados aqui são só soldados que nada temem
Guerra, guerra, guerra no gueto tem uma guerra
Aqui são soldados, soldados
Soldados aqui são só soldados
Que perante o inimigo não tremem
Guerra, guerra, guerra no gueto tem uma guerra

[alan na rima]
Alan na rima na levada
Consciência sempre engatilhada
Rap meu hino minha casa
Resistência é gueto é quebrada
Nas periferias do brasil nada está normal
O conflito é social, tem que ser forte e tal
São vários anos de problema e a rima é criminal
Vejo a guerra com frequência
Sempre esteve ligado a violência
E as drogas e o crime que não compensa
Para muitos no gueto é sentença
Consequências, das escolhas erradas da vida
Buscar o melhor caminho é a melhore saída, reflita
Entenda, compreenda
Que existe uma guerra no gueto com frequência
Um estado que ferra o povo cria mais violência
(policiais militares)
Vejo celulares roubados na rua
E carros e motos
Em plena luz do dia realidade nua e crua
E agora, quem poderá nos ajudar
Mudar a mentalidade do povo vai demorar
E assim muito sangue vêm escorrendo no gueto
Eu vejo nosso povo na mão da polícia desespero e medo
Nosso povo vive com medo
Lembro da dina dee, falando que o nosso povo
Dormi com medo
Acorda com medo
E vive com medo, medo de morrer
Sou alan na rima gangsta rap na levada
Sm é o coletivo, guerra no gueto não nos leva a nada

Aqui são soldados, soldados
Soldados aqui são só soldados que nada temem
Guerra, guerra, guerra no gueto tem uma guerra
Aqui são soldados, soldados
Soldados aqui são só soldados
Que perante o inimigo não tremem
Guerra, guerra, guerra no gueto tem uma guerra

[nildo]
Aqui é nildo soldado sm andarilho do gueto subversivo
Linha de frente nessa guerra sem trégua
Junto com alan contra o mesmo inimigo
Opressores, colonizadores
Que querem por corrente na gente novamente
Porém isso não vai acontecer de novo
Pois quem é quilombola eu tô ligado
Que me entende
Muito sangue já foi derramado no gueto
Pra conseguirmos nossa liberdade
E mesmo nessa selva de pedra
Não nos submeteremos a esses covardes
Que querem tudo de bom só que nenhum esforço
Querem uma vida luxuosa como no passado
À custa do sofrimento dos outros
Senhor do engenho seu falsário covarde
Não vai nos fazer de escada de novo
Depois de tanto sofrer do nosso sangue
Derramado mudamos as regras mudamos seu jogo
Desgosto
Vai ser o seu prêmio daqui frente
Por todo mal que tem feito
Pra nossa gente seu destino
Vai ser o fundo do poço
Não será como era no passado
Onde o povo pobre era reprimido
Onde a patifaria prevalecia
E o humilde sofria todo dia sozinho
Agora queremos tudo àquilo
Que é nosso nessa selva de pedra ser rei
Dar um basta na repressão
Ter o que é nosso por lei
Nossas terras que foram tomadas
Pelos capitães do mato
Indenização por tantos anos de trabalho forçado
Sem sermos remunerados
Chega! nos de o que ou toda sua raça
Vai perecer
Se ficar no nosso caminho
Não posso prever o que irá acontecer

Aqui são soldados, soldados, soldados
Aqui são só soldados que nada temem
Guerra, guerra, guerra no gueto tem uma guerra
Aqui são soldados, soldados, soldados
Aqui são só soldados
Que perante o inimigo não tremem
Guerra, guerra, guerra no gueto tem uma guerra

Compositor: Ronildo Almeida de Souza (Nildo)
ECAD: Obra #30027207 Fonograma #25772237

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